Sem a presença da Ucrânia, seu principal fornecedor, o Brasil terá um grande programa garantido
Por: AGROLINK –Leonardo Gottems
“O mercado de milho no Brasil voltou a esquentar. Mais um destino importante: Além da China, agora a Europa quer milho brasileiro”. A informação é trazida em primeira mão pela equipe de analistas de mercado da Consultoria TF Agroeconômica.
De acordo com eles, a Europa “continua olhando milho no Brasil durante essa semana. Os prêmios aqui já subiram 20 centavos desde segunda-feira. A produção de milho na Europa ainda está estimada em 68 milhões de toneladas e importações de 16 milhões. Tem gente que fala que a produção de milho na Europa teria perda de 60 milhões. Se isso for verdade e sem a presença da Ucrânia, seu principal fornecedor, o Brasil terá um grande programa garantido”.
“Nessa semana falam de farmer selling de 800 mil toneladas. Os preços no interior subiram de R$ 3,00 a R$ 4,00 por saca. Tradings estão agressivas nas compras no interior. Os preços lá estão subindo”, destacam os especialistas de TF.
Por sua vez, a Consultoria AgResource Brasil coincide em afirmar que o Brasil “continuará a dominar o comércio de milho no início do outono. Mas o fato da produção mundial de milho não conseguir atender ao consumo em 22/23 será o ponto mais importante no longo prazo”.
Os analistas da AgResource Brasil continuam a reduzir o potencial de rendimento do milho da União Europeia, pois o calor e a seca persistem na Europa Ocidental e a umidade do subsolo se esgotou inteiramente em todas as regiões. Além disso, não há sinal de chuva na Europa Ocidental por mais 10 dias.
Se a Ucrânia não for capaz de fornecer à Europa pelo menos 1,5 milhão de toneladas por mês, haverá provavelmente um “recorde de demanda global de importação”, conclui a filial da empresa norte-americana AgResource Company.