Em obra há três anos, Hidrovia Paraguai-Paraná recebe sinalização e deve baratear frete em até R$ 1,4 mi

Caracterizado pela existência bancos de areia e curvas acentuadas, o trecho da hidrovia Paraguaia-Paraná que liga Cáceres à Corumbá (MS), recebe obras de dragagem e sinalização. Os trabalhos na região já somam três anos e devem melhorar o escoamento da produção de grãos do Médio Norte de Mato Grosso, incluindo municípios como Brasnorte, Tangará da Serra e Comodoro. Além disso, a previsão é de os gastos com logística caiam quase pela metade, tornando o produto mato-grossense mais competitivo no mercado internacional.
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Um levantamento feito pelo Departamento de Infraestrutura Aquaviária do DNIT aponta que o transporte por rodovia, em direção a Miritituba (PA) é de R$ 2,5 milhões a cada 5 milhões de toneladas. Já pela hidrovia, o custo cai para R$ 1,06 milhões para a mesma quantidade de grãos.

De acordo com o diretor de Infraestrutura Aquaviária do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Erick Moura, o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) realizada pelo órgão indica a existência de 21 pontos críticos, sendo 17 nesse mesmo trecho de 680 km entre as duas cidades. “No ano que vem, nossa prioridade será resolver esses pontos críticos”, diz Erick Moura. Segundo ele, os investimentos são de R$ 5 milhões de reais.

Os dados foram apresentados a lideranças empresariais e políticas durante reunião realizada em Santo Antônio das Lendas, em Cáceres, região onde o DNITestuda a possibilidade de pavimentação de 68 km da BR-174, facilitando o acesso ao rio Paraguai, onde vários projetos pretendem a construção de estações de transbordo de cargas. Um deles, que está sob responsabilidade de uma empresa paraguaia, aguarda aprovação da Licença Ambiental pela Secretaria de Meio Ambiente do Estado.

Outras duas empresas já confirmaram a intenção de construir portos em Santo Antônio das Lendas. Além disso, a Associação Pró-Hidrovia, que detém a concessão do porto em Cáceres, está concluindo a restauração do local e o transporte de cargas deve começar a ser feito entre fevereiro ou março do ano que vem. A hidrovia liga Cáceres a Nueva Palmira, no Uruguai.

Olhar Direto/André Garcia Santana

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