“As informações apresentadas sobre o cultivo de erva-mate e bambu comprovaram que é possível apostar na diversificação de atividades produtivas, com investimentos menores que o eucalipto, por exemplo”.
A afirmação do coordenador do programa Mais Floresta, do Senar/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, Clóvis Tolentino, aconteceu no último dia 28 de abril, durante o evento realizado no sindicato rural de Ponta Porã.
O programa tem objetivo de levar conhecimento técnico e econômico sobre diferentes atividades de florestas plantadas e que se adaptem ao clima e demanda do mercado em Mato Grosso do Sul.
“No caso da erva-mate, além ter um mercado promissor, poderia ser cultivada em vários municípios da região sul.
Esta cultura tem forte apelo social, pois ocupa a mão de obra familiar, gerando renda e diversificação da produção”, aponta o engenheiro agrônomo.
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É importante destacar que a região de Ponta Porã, localizada no cone sul do Estado foi pioneira na produção industrial de erva-mate no século passado, em 1900, com a criação da companhia Matte Laranjeira.
Pouco tempo antes da divisão do Estado, na década de 1970, a indústria chegou a produzir dois milhões de hectares de ervais nativos.
Os palestrantes Rogério Franchini da Agraer, Eny Duboc da Embrapa Agropecuária Oeste e Ives Goulart da Embrapa Florestas mostraram em detalhes como os pequenos produtores rurais e os assentados podem mudar esta realidade produzindo erva-mate com qualidade e praticamente triplicando a produtividade por colheita.
A média de produção varia entre 5 e 7 toneladas por hectare nesta região do estado, mas com boas práticas de manejo e o sistema desenvolvido pela Embrapa Florestas, denominado Erva 20, o objetivo é fazer com que o produtor possa produzir em média 20 toneladas por hectare.
O produtor rural José Ramon Oliveira confessa que “nunca se ouviu falar de uma produtividade desta natureza dentro do que aprendemos com nossos avós e praticamos até hoje. Nunca ouvi falar que se colocava um adubo num pé de erva, pra nós foi uma novidade tudo isso”.
“O que nós precisamos é exatamente o que nos foi repassado aqui, disseminação de tecnologias novas para que tenhamos um conhecimento melhor sobre a condução do erva”, destaca Wilson de Assis, produtor de erva-mate de Ponta Porã.
E é exatamente o que a Agraer vai fazer a partir do próximo mês em 10 municípios da região sul de fronteira. Iniciar um dos maiores projetos de fomento da erva-mate já realizados em Mato Grosso do Sul.
O projeto vai abranger cerca de 15.000 famílias de agricultores familiares espalhados em 23 assentamentos rurais e pequenas propriedades com o objetivo de disseminar informação, promover cursos e dias de campo, incentivar o cultivo, transferir tecnologia e acompanhar cada uma das produções com técnicos, mudas e insumos.
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O Ministério da Integração Nacional já disponibilizou uma verba de R$ 2,5 milhões para o projeto e o governo do estado entrou com a contrapartida de R$ 250 mil.
O projeto vai atender diretamente 210 produtores com uma estimativa de produção de mais de 2 milhões de toneladas de erva-mate já na primeira colheita, podendo triplicar nos próximos anos.
“A ideia de hoje era exatamente esta, de tentar desmistificar certos mitos sobre a erva-mate que os produtores carregam até hoje.
A partir de agora esperamos que estas informações despertem curiosidade e interesse para avançar neste sistema que nós chamamos de Erva 20. E parece que deu certo”, destaca Vanderlei Porfírio, pesquisador da Embrapa Florestas.
O Programa Mais Floresta é uma parceria do Senar/MS e da Paulo Cardoso Comunicações e visa exatamente levar informações de qualidade a produtores rurais de todo o estado.
O próximo evento vai acontecer dia 31/05 durante a Expotrês no parque de exposições do Sindicato Rural de Três Lagoas. O tema será o uso do Eucalipto na Construção de Casas de Madeira.
Para mais informações acesse www.senarms.org.br/projetos/mais-floresta
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PEDRO JUAN CABALLERO – PARAGUAY..