A unidade JBS de Rondônia já está em operação e a de Mato Grosso começa a funcionar em até junho do ano que vem
A terminação de bovinos em confinamento está ficando cada vez mais turbinada no País. Mais dois boitéis passam a ajudar o pecuarista a acelerar a engorda e abate de gado. Uma unidade já está em operação. Ela fica no município de Vilhena (RO).
As informações são do administrador de empresas José Roberto Bischofe Filho, gerente de Confinamentos da JBS. Ele esteve no Giro do Boi desta quinta-feira, e falou das novidades para os pecuaristas do País.
A unidade de Vilhena possui capacidade estática para 18 mil animais e deve girar durante o ano até a terminação de 40 mil bovinos.
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Boi jovem, só confinado
O incremento de boitéis no País está em linha com o avanço de uma terminação de gado cada vez mais dedicada a levar para o ganho animais mais jovens.
“Para chegar nesse nível de engorda de 30 meses ou menos, você precisa colocar boia. Precisa colocar comida. Precisa colocar milho, farelo e colocar energia para os animais. Então o confinamento entra com essa estratégia de esculpir o animal nessa fase final e aí você coloca oito a dez arrobas num período que já estamos conseguindo de 110 a 120 dias”, Bischofe Filho.
Confinamento
A crescente demanda do boi China, por exemplo, serviu para que o produtor investisse mais em confinamento. Hoje, com unidades da JBS, que prestam esse serviço, tem produtor que até vem preferindo engordar com uma terminação terceirizada.
Além disso, o pecuarista está cada vez mais apostando no confinamento no País. A estimativa é que o País termine 7 milhões de bovinos neste ano de 2022, segundo dados dos Tour DSM de Confinamento.
O Brasil ainda pode acelerar mais esse processo. Atualmente, os abates de bovinos confinados correspondem a cerca de 23% do rebanho abatido nacionalmente. Muito abaixo de países como a África do Sul e dos Estados Unidos.
“Mato Grosso é o primeiro Estado que vai ficar próximo com a gestão de engorda americana. Isso é por causa das usinas que vem fazendo um processo de álcool de milho, de onde sai o DDG, um subproduto dessa indústria. Então o Estado já está com essa cultura parecida com a dos Estados Unidos de alta intensificação na engorda”, diz Bischofe Filho.