Em seu comentário semanal, a Agridatos registra que a disputa pelos últimos lotes de milho paraguaio 2021 é intensa, sem falar nos poucos campos de milho de verão plantadas entre o final de agosto e setembro que escapou da forte seca de novembro e dezembro. “Nunca na história recente dessa safra no país o estoque de milho não comercializado foi tão curto em janeiro quanto agora”, comenta a TF Consultoria Agroeconômica.
“Há pouco mais de duas semanas cortamos a safra de milho de 2021 em 9% ou 280 mil toneladas para 2,77 milhões. A partir de desse volume, as exportações de julho a dezembro renderam 1.042 milhões de toneladas e a demanda interna consumiu 690 mil toneladas”, comentam.
De acordo com eles, ainda há janeiro a junho para consumir mais 690 mil no mercado interno, mas apenas cerca de 300 mil toneladas permanecerão para exportar, que seria 56% do que foi exportado entre janeiro e Junho 2020: “A comercialização do milho 2021 é de 94% até o final de dezembro e a demanda terá que durar quase seis meses para comprar os restantes 6 pontos percentuais. Não há dúvidas de que os preços permanecerão em alta até abril ou maio”.
“O plantio de 900 mil hectares da Safrinha 2022 está com 4% ou 36 mil hectares até 21 de janeiro. É insignificante, mas, sem chuva, não é suficiente para plantar. A redução da área de soja Safrinha de 600 para 500 mil hectares terão inicialmente que reorientar um aumento na área de milho de 50 mil hectares, mas o tamanho final de ambos ainda está em aberto até final de fevereiro”, conclui.
AGROLINK