Nova tecnologia via satélite vai levar acesso igual ao do meio urbano
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, promete que, em apenas quatro meses, as áreas rurais do Brasil vão contar com internet banda larga igual à disponibilizada nos grandes centro urbanos. “O campo terá uma transformação digital e social”, prometeu Kassab em reunião nesta terça-feira (15.05) com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).
De acordo com ele, o acesso virá de uma tecnologia por satélite já testada e aprovada, e faz parte do programa federal “Internet para Todos”, lançado no último mês de março: “O mesmo sinal alcançado nas capitais do Brasil irá para o campo. Essa transformação digital vai mudar a vida dos trabalhadores e moradores do meio rural, além de levar inclusão social a esses povoados. O nosso satélite levará conectividade a todos os cantos do Brasil”.
A presidente da FPA, deputada Tereza Cristina (DEM-MS), reconhece que a internet ainda é precária no campo, mas destaca que esse programa vai disponibilizar internet a um custo menor e mais acessível. “É uma grande notícia. A tecnologia chegará a todos, seja de uso coletivo nas comunidades rurais ou nas propriedades rurais de forma individual”, diz ela.
O Brasil contabiliza hoje nada menos que 20 milhões de domicílios não atendidos por banda larga. no Brasil. O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, projeta que a partir de junho de 2018 as primeiras comunidades do campo sejam atendidas: “O projeto está sendo feito em conjunto com as prefeituras e estados que mapearam todas as comunidades e áreas isoladas no país”.
O ministro Kassab afirmou que a adesão cresce “exponencialmente”, com 70% dos municípios brasileiros já tendo aderido ao programa até agora. Ele esclareceu que o prazo de adesão ainda está aberto. “É importante as prefeituras nos procurarem, pois quem não aderir ao projeto não poderá participar do programa”, explicou Kassab.
A implementação do programa no meio rural possui, porém, um obstáculo: uma ação judicial movida pela empresa concorrente de telecomunicações do Amazonas, que alegou irregularidades no edital de licitação. Com isso, o andamento da iniciativa depende de decisão da Justiça Federal, pois o Tribunal Regional Federal da 1ª Região suspendeu, temporariamente, a instalação das antenas.
Segundo Kassab, o governo federal recorreu através da Advocacia-Geral da União (AGU) e a questão está no Supremo Tribunal Federal (STF). “O Supremo deve votar ainda esta semana e esperamos que daqui três a quatro meses, as instalações no campo já estejam quase totalmente concluídas”, conclui Kassab.
Fonte: Agrolink