Em sua primeira entrevista em vídeo após ter sido vítima de um atentado com uma facada no último dia 6, o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, negou que faça discurso de ódio e disse acreditar ter sofrido um crime político.
“Sou vítima daquilo que eu combato. Prefiro a cadeia cheia de vagabundo que cemitério cheio de inocente”, disse em entrevista ao jornalista Augusto Nunes, da Jovem Pan.
Internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, Bolsonaro afirmou ainda que, caso seja eleito, vai rever a pena para tentativa de homicídio. “Estou vivo por um milagre. Porque a pena dele tem que ser abaixo de um homicídio em si?”, questionou.
“Vamos mudar isso no futuro, caso eu seja presidente. E mais ainda, vamos acabar com progressão de pena. E não ficar dando ouvido a entidade de direitos humanos que diz que o presidiário vive em más condições, quem estaria em péssimas condições seria a minha família se eu estivesse morrendo”.
Ao negar que alimente discurso de ódio, o candidato disse que “há uma certa potencialização em cima disso”. “É a pregação da luta de classe imposta pelo PT”, justificou.
Nunca preguei o ódio. Dizem que eu prego o ódio a gays, mulheres… Me aponte um ódio meu agredindo quem quer que seja.
Com a voz embargada e lágrimas no rosto, o candidato fez longas pausas ao lembrar do dia em que sofreu o esfaqueamento. Ele contou que sentiu como se tivesse levado um soco no estômago, mas não desconfiou que era tão grave porque não viu muito sangue.
Bolsonaro acredita que foi alvo de um atentado político premeditado e que o autor do facada não agiu sozinho. O candidato chega a desconfiar da apuração sobre o caso. “O depoimento que eu ouvi do delegado da Polícia Federal que está conduzindo o caso realmente é para abafar o caso. Lamento o que eu ouvi ele falando, dá a entender até que age em parte como uma defesa do criminoso. Isso não pode acontecer. Não quero que inventem um responsável…
Fonte Yahoo