Citado pela Sky News, Koen Pouwels, um dos principais cientistas envolvidos no estudo, assegurou que “as vacinas são melhores na prevenção de doenças graves e menos eficazes na prevenção da transmissão”. E o “fato de as pessoas terem maior carga viral (com a variante Delta) sugere que a imunidade coletiva é mais desafiadora.”
Para realizar o estudo, cientistas do COVID-19 Infection Survey fizeram testes regulares de PCR em mais de 700 mil pessoas selecionadas aleatoriamente, desde dezembro do ano passado. E, até maio, altura em que a variante Alfa era a dominante, as vacinas mostravam altos níveis de eficácia na prevenção da infecção.
Desde então, a variante Delta ‘ganhou terreno’ e as vacinas começaram a ter menos capacidade de bloquear o vírus. Os investigadores vincam, porém, que o dados mundiais sobre a evolução da doença mostram que as vacinas continuam a ser altamente eficazes reduzindo a hospitalização e a morte.
Os voluntários que participaram no estudo realizaram testes PCR com regularidade, o que permitiu, inclusive, aos cientistas medir o nível imunidade ao longo do tempo. E estes concluíram que, duas semanas depois da administração da segunda dose da vacina da Pfizer, o imunizante era 85% eficaz na prevenção de doença, consideravelmente melhor do que o da AstraZeneca (68% de eficácia).
Mas a proteção da vacina da Pfizer diminuiu rapidamente, sendo que três meses após a segunda dose, o imunizante evitou 75% das infeções, em comparação com a proteção de 61% com a vacina da AstraZeneca. “Estas duas vacinas parecem estar funcionando de formas muito diferentes”, disse Sarah Walker, investigadora principal.