Apenas 16% dos que usam a ferramenta para esse fim dizem confiar frequentemente no conteúdo que recebem
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Em meio ao debate sobre o papel do WhatsApp no ciclo eleitoral de 2018, pesquisa indica que 25% dos internautas afirmam utilizar aplicativos de mensagem regularmente para o consumo de notícias. No entanto, ponderam nem sempre confiar no conteúdo consumido dentro dessas plataformas.
A conclusão é de uma pesquisa sobre hábitos de consumo de notícias em aplicativos de mensagem, realizada pelo Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ, na sigla em inglês), sob o programa Truthbuzz -que tem estudado no Brasil e em outros quatro países (EUA, Nigéria, Indonésia e Índia) novos formatos e ferramentas para divulgação de conteúdo jornalístico em diversas plataformas, inclusive WhatsApp.
A pesquisa online teve 6.030 respondentes iniciais com mais de 18 anos em todo o Brasil de 23 a 25 de outubro. Destes, 24% (cerca de 1.450) informaram utilizar “WhatsApp e aplicativos de mensagem” como forma mais frequente de consumo de notícias durante a semana.
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Esse item ficou praticamente empatado com “Sites de notícias” (25%), enquanto “Redes Sociais” (33%) foi assinalado por um terço dos respondentes como mídia utilizada mais frequentemente para receber e consumir notícias. A margem de erro é de 1 ponto percentual para mais ou para menos –os respondentes podiam assinalar mais de uma resposta.
Vale notar o aspecto de “consumo de notícias” em relação às respostas, e não seu uso como ferramenta de mensagem.
“Televisão” (20%), “Rádio” (8%) e “Jornais impressos e revistas” ficaram, respectivamente, na lanterna, ao passo que 23% assinalaram não utilizar nenhuma das opções indicadas.
(DES)CONFIANÇA
Dentre os respondentes que assinalaram consumir notícias via WhatsApp e aplicativos de mensagem, 60% afirmaram confiar “apenas parte das vezes” no conteúdo recebido, enquanto 24% disseram “quase nunca confiar”. Apenas 16% indicaram confiar frequentemente nas notícias de WhatsApp.
Para se tentar estimar o círculo fechado no qual muitas pessoas compartilham informações em aplicativos de mensagem, a pesquisa perguntou qual a frequência estimada de vezes que um respondente viu notícias políticas que tenha discordado nos últimos 30 dias.