“algumas das maiores empresas de sementes já estão começando a incluir tratamentos biológicos no portfólio”
O mercado global de produtos biológicos agrícolas foi de US$ 4,8 bilhões em valor de receita de mercado em 2017 e deve atingir US$ 10,7 bilhões até 2025, subindo a uma taxa de crescimento anual composta de 11,5%. De acordo com Pieter Oosters, Gerente de Produtos Microbianos da Koppert Sistemas Biológicos, o setor ainda é um nicho de mercado que, no entanto, está crescendo rapidamente.
“Embora os produtos no mercado ainda sejam limitados, algumas das maiores empresas de sementes já estão começando a incluir tratamentos biológicos de sementes em seu pacote de tratamento, alguns deles mostrando bons efeitos. Isso ocorre principalmente sob estresse abiótico em solos pobres”, comenta.
Segundo Marcelo de Godoy Oliveira, CEO da Simbiose, a maioria das tecnologias biológicas para tratamento de sementes foi projetada sem muito estudo para esse fim. “Felizmente, entre essas poucas empresas, existem aquelas que possuem tecnologia de ponta para esse fim e ainda condições de produção em escala para atender dezenas de milhões de hectares, satisfazendo assim a necessidade do mercado”, afirma.
Para o futuro, Ioana Tudor, Diretora Global da Syngenta Seedcare, afirma que existem muitas oportunidades que aparecerão rapidamente. “Um desafio com o qual lidamos hoje e esperamos ter mais clareza no futuro, é o panorama regulatório, uma vez que ainda existem muitas visões inconsistentes sobre como produtos como esses precisam ser registrados e os requisitos variam muito de um país para outro”, lamenta.
Nesse cenário, Oliveira acredita que algumas tecnologias deverão ser desenvolvidas para que o produtor se sinta seguro em apostar nessa questão, como “equipamentos exclusivos para a aplicação de produtos orgânicos no sulco de plantio, sem restringir o volume do xarope, aplicando onde o produto deveria estar (próximo às sementes) mantendo durante a aplicação os microorganismos 100% viáveis, sendo mais práticos, rápidos e racionais”.
Fonte: Agrolink