O estágio de crescimento é que teve um impacto significativo sobre os endófitos e suas funções
Um estudo realizado por cientistas da Unidade de Ciências e Gestão Ambiental da North-West Universit, na África do Sul, mostrou que a modificação genética realizada no milho Bt não afeta negativamente os microrganismos benéficos não visados. Intitulado “Community composition and functions of endophytic bacteria of Bt maize” ou “Composição e funções da comunidade de bactérias endofíticas do milho Bt”, em português, o artigo foi publicado na South African Journal of Science.
De acordo com os autores, foram identificados os efeitos potenciais da modificação genética do milho sobre a composição e funções de bactérias indofiticas associadas ao milho transgênico (Bt MON 810), comparando-os com sua linhagem não transgênica. A partir disso, foi concluído que os endófitos de ambas as espécies tinham sofrido efeitos semelhantes.
“Bactérias endofíticas isoladas foram testadas quanto a suas capacidades em solubilização de fosfato, fixação de nitrogênio, produção de metabólitos antifúngicos e produção de ácido indolacético. Após a identificação molecular, 60 endófitos foram obtidos e agrupados em 19 e 18 unidades taxonômicas operacionais de milho de 50 e 90 dias, respectivamente” explica o relatório.
No entanto, os pesquisadores descobriram que o estágio de crescimento teve um impacto significativo sobre os endófitos e suas funções. Segundo o artigo, bactérias de plantas mais jovens foram produtoras mais eficientes de ácido indol-acético, mas exibiram pouca ou nenhuma capacidade de fixação de nitrogênio, solubilização de fosfato e atividade antifúngica em ambos os genótipos de milho.
“Com base nesses resultados, a modificação Bt no milho parece não afetar a composição da comunidade ou os atributos funcionais dos endófitos bacterianos. Os atributos funcionais foram significativamente afetados pelo estágio de crescimento das plantas”, finaliza o texto.
Fonte: Agrolink