Prevenção é a palavra de ordem quando o assunto é a pandemia do novo coronavírus, e especialmente quando se trata de pessoas acima de 60 anos. Os idosos são apontados como grupo de risco para a COVID-19, justamente pelas complicações advindas das características normais da idade avançada. Questões como a imunidade e o perigo maior quanto a doenças crônicas fazem com que o quadro de quem contrai o vírus se agrave.
É importante considerar, que com o passar dos anos o organismo começa a apresentar naturalmente algumas mudanças, que muitas vezes as pessoas demoram a perceber, mas que podem interferir principalmente na sua alimentação. Além de alterações na dentição, que dificultam a mastigação; e de locomoção, um obstáculo para a busca de alimento; as funções digestiva, absortiva, gástrica e intestinal estão reduzidas.
Essas alterações naturais, como também, nos mecanismos de defesa do organismo ou dificuldades no processo de mastigação e deglutição, podem tornar a pessoa idosa mais suscetível a complicações decorrentes do consumo de alimentos, que reforça a necessidade de cuidados diários para preparar refeições seguras e balanceadas.
Nesta fase, é muito importante que se consuma todos as vitaminas, minerais e compostos bioativos necessários para o funcionamento do organismo, que só serão encontrados em uma refeição completa, com representantes de todos os grupos alimentares, como: cereais e leguminosas (arroz com feijão) carnes, verduras, legumes, frutas e laticínios.
Deve-se salientar, que normalmente os idosos sentem menos sede e fome, e isso é normal, devido aos processos fisiológicos alterados com passar dos anos. Mas é muito importante que se mantenham hidratados e bem nutridos. Então, mesmo à distância, lembre-os com frequência de beber água, e ainda que o volume de comida seja pequeno, os alimentos devem ser nutritivos e variados.
Por outro lado, deve-se dar uma atenção especial a saúde dos ossos, para isso, investir nas fontes de cálcio (leite e derivados magros, gergelim, brócolis e folhas verde-escuras) e de magnésio (grãos de bico, banana e castanhas) são excelentes opções, além de evitar o consumo dos “ladrões de cálcio”, como as bebidas alcoólicas, café, chá preto e refrigerantes.
Em virtude disso, tornar o ambiente da cozinha, o planejamento das refeições, armazenamento e o local de refeições mais adequado e agradável para conferir maior conforto, segurança e autonomia no dia-a-dia das pessoas idosas é uma medida que tem impacto positivo na autoestima, e no estabelecimento do prazer à mesa, oferecendo mais saúde ao idoso.
No mais, saiba que a nutrição adequada é indispensável para todas as faixas etárias, porém para os idosos especialmente, uma vez que a saúde do organismo se torna mais sensível e frágil nessa fase e, portanto, exige mais atenção!
*Mestranda em Alimentos, Nutrição e Saúde. Possui especialização em Nutrição Esportiva, Terapia Nutricional, Nutrição Clínica e Fitoterapia – CRN3 27940. Escreve para o Dourados News.