Deputado federal é o primeiro político representando Mato Grosso do Sul nacionalmente a ser nomeado ministro.
O presidente Michel Temer (PMDB) oficializou há pouco o convite para o deputado federal por Mato Grosso do Sul, Carlos Marun (PMDB), assumir o cargo de ministro à frente da Secretaria de Governo da Presidência da República. O posto é um dos principais de articulação do Governo Federal.
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Os dois estiveram reunidos na noite deste sábado (9), no Palácio do Planalto, em Brasília (DF). Marun será o primeiro representante de Mato Grosso do Sul a assumir um cargo como ministro.
“O presidente Temer me convidou há pouco para exercer a função de ministro da Secretaria de Governo. A posse será na próxima quinta-feira”. O comunicado via WhatsApp é do deputado Marun enviado ao Campo Grande News.
Carlos Marun assume no lugar de Antônio Imbassahy (PSDB-BA), que pediu demissão e volta a ocupar cadeira na Câmara Federal. A saída de Imbassahy está ligada ao afastamento tucano da gestão de Temer.
A nomeação do deputado por Mato Grosso do Sul no posto era um pedido tanto da base do PMDB no Congresso, como dos parlamentares do chamado “Centrão”, dentro da Câmara dos Deputados, ao qual Marun faz parte – o grupo era liderado pelo peemedebista Eduardo Cunha, ao qual Marun foi fiel escudeiro.
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Em recente entrevista ao Campo Grande News, o deputado revelou que está em Brasília para fechar os últimos pontos do relatório da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da JBS.
Antes de Marun, apenas Ramez Tebet e José Fragelli conseguiram cargos destacados representando Mato Grosso do Sul em Brasília. Tanto Fragelli como Ramez foram presidentes do Senado.
Delcídio do Amaral, nascido em Corumbá e de 2003 a 2015 senador da República pelo Estado, chegou a ser ministro de Minas e Energia no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), mas na época ele não representava Mato Grosso do Sul.
Perfil – Nascido em Porto Alegre (RS) em 21 de novembro de 1960, Marun é engenheiro civil formado pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e advogado formado na Unaes (Centro Universitário de Campo Grande). Apesar de gaúcho, fez toda sua carreira em Mato Grosso do Sul, tendo o ex-governador André Puccinelli (PMDB) como principal aliado.
Iniciou a carreira política ao assumir em 1997, primeiro ano da gestão de André Puccinelli como prefeito de Campo Grande, quando assumiu o cargo de secretário municipal de Assuntos Fundiários. No ano seguinte, passou a ocupar o posto de diretor-presidente da Emha (Agência Municipal de Habitação), ficando até 2004.
Neste mesmo ano, ele se candidatou a vereador e, aproveitando do prestígio conseguido como secretário, foi eleito, ficando no cargo entre 2005 e 2006. Em 2007, ele foi eleito deputado estadual, mas com a vitória de Puccinelli na disputa pelo Governo do Estado, em 2007 assumiu o cargo de secretário estadual de Habitação e das Cidades.
Ele chefiou a pasta estadual até 2014, ano em que se encerrou o mandato de André. Neste período, ele também foi reeleito deputado estadual. Ainda em 2014, Marun conseguiu ser eleito deputado federal com 7,19% da preferência dos eleitores, ou seja, 91.816 Votos. Ele só ficou atrás do ex-governador Zeca do PT.
Em Brasília (DF), Marun teve atuação destacada por principalmente ser apontado um dos fiéis escudeiros do então presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e ser um dos articuladores dele no processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Ele também defendeu o peemedebista de acusações de corrupção.
Com a cassação do mandato de Cunha, ao contrário do esperado, Marun não perdeu força e acabou se tornando um braços políticos de maior destaque midiático do presidente Michel Temer (PMDB).
Atuante em várias questões do interesse do governo Temer, desde as polêmicas reformas proposta pelo Governo Federal até a presidência da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da JBS na Câmara, Marun passou a ser cogitado na Secretaria de Governo da Presidência da República recentemente.
O ex-chefe da pasta, ministro Antônio Imbassahy, é do PSDB, partido que vem demonstrando há algum tempo divergências com Temer. A saída de Imbassahy, sendo substituído por Marun, chegou a ser noticiada pelo Twitter oficial do Planalto na semana passada, mas logo a postagem foi apagada.
Porém, nesta semana, Imbassahy entregou sua carta de renúncia à Temer, alegando que precisava voltar à Câmara Federal para atuar em questões como a Reforma da Previdência, abrindo espaço para Marun ser o primeiro pol CGNEWS
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