A morte de uma técnica em enfermagem de 32 anos durante trabalho de parto causou comoção na população de Amambai e de Tacuru, de onde era egressa, essa semana.
A fatalidade aconteceu na terça-feira, 12 de março, no Hospital Regional de Amambai, unidade de saúde onde a profissional da área trabalhava há mais de um ano.
Ao optar por cesariana, Luciana Vogado Vargas teria entrado em trabalho de parto no final da manhã e a fatalidade aconteceu já no início da tarde.
Segundo relatou a direção da unidade de saúde ao ser procurada pela reportagem do grupo A Gazeta, ao receber anestesia raquiana, Luciana Vargas teria sofrido o choque anafilático e em consequência parada cardiorrespiratória.
De imediato a equipe médica passou a realizar todos os métodos de ressuscitação. Ao ver que o tempo estava passado e a técnica em enfermagem não retomava a respiração, o médico que atuava no caso, que segundo o hospital tem mais de 50 anos de profissão com centenas de partos realizados sem nunca se deparar com uma situação dessa natureza, em decisão rápida e fundamental para aquele momento, teria deixado o resto da equipe de profissionais agindo na tentativa de reanimar a mãe e decidido abrir a paciente para retirar a bebê e preservar a vida da criança, já que, caso tal procedimento não tivesse sido realizado, a bebê também poderia vir a óbito.
De acordo com a direção da unidade de saúde, Emanuelle (nome que a mãe havia escolhido) a “Manu” como já era chamada carinhosamente por toda a equipe do hospital antes mesmo de nascer, nasceu saudável, sem nenhuma sequela e no mesmo dia recebeu alta. Já Luciana Vargas acabou morrendo.
Segundo o diretor-administrativo do Hospital Regional, Paulo Sérgio Catto, Luciana, que era viúva e já tinha um filho menor de idade, era uma excelente profissional, dedicada e tinha ótimo relacionamento com os colegas de trabalho.
Uma prova dessa boa relação com a equipe ficou registrada no grupo interno da unidade de saúde em rede social, onde vários funcionários do hospital fizeram questão de ir até ela e fazer fotos, algumas delas tiradas poucos instantes antes da fatalidade e em todas as fotos Luciana aparecia sorrindo e contente.
Segundo a unidade de saúde, o histórico médico de Luciana não apresentava nenhuma restrição a algum tipo de medicamento e o que ocorreu foi uma fatalidade raríssima.
O corpo da técnica em enfermagem foi velado por determinado tempo no Memorial Primavera, em Amambai, posteriormente foi trasladado para ser sepultado em Tacuru, cidade onde residia e trabalha, também na área de saúde, antes de se mudar para Amambai.
De acordo com o hospital, em primeiro momento a filha de Luciana permaneceu aos cuidados de uma colega de trabalho no hospital até que providências fossem adotadas em relação a bebê.Fonte: A Gazeta News