Amanhã não terá futebol e nem churrasco para os banqueiros do mundo. Todos estarão com os olhos voltados para a Suíça. Um plebiscito d origem popular – comum naquele país -, está tirando o sono dos bilionários banqueiros. Os suíços votarão contra a fabricação de dinheiro pelos bancos.
Quem acompanha, ainda que minimamente, o mercado financeiro, sabe que os bancos vendem dinheiro que não existe. Dinheiro que eles não têm. É isso mesmo, é como se uma fazenda vendesse as vaquinhas que não estão em seus pastos. Há bancos que vendem 80% de dinheiro que não tem. Há outros que vão muito além, vendem quase 200% de dinheiro inexistente.
O que ocorrerá aos bancos se eles só venderem o dinheiro dos clientes que guardam? E mais, o que ocorrerá se as únicas entidades que passem a estar autorizadas a fabricar dinheiro sejam os bancos centrais? Os suíços estão a um passo para experimentar na carne os resultados dessa enorme transformação. Nenhum país, até hoje, experimentou tão drástica mudança. Os especialistas afirmam que as consequências são imprevisíveis.
A “iniciativa Vollgeld”, o nome que estão dando a esse plebiscito, defende “a soberania monetária”. Nasceu em 2012 com a intenção de fazer das finanças algo facilmente inteligível. Hoje, os bancos se converteram em entidades em mãos de técnicos hiperespecializados, algo muito distante dos mortais comuns. A ideia principal é impedir o surgimento de novas bolhas financeiras, como a que originou a crise mundial. Também seria uma garantia para o cliente do banco que tem seu dinheiro guardado, ele não desaparecerá em caso de falência da entidade financeira.
No lado oposto, é possível que ocorra um colapso de falta de dinheiro nos bancos para vender. Os banqueiros, do dia para a noite, deixarão de ser os bilionários atuais, no mínimo sairão da lista da Forbes dos homens mais ricos do mundo. CGNEWS