Skaf volta a defender ajuste sem aumento de impostos

Fiesp: um dos caminhos para a redução do déficit nas contas públicas é, segundo Skaf, a repatriação de recursos que estão no exterior
Da AGÊNCIA BRASIL
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Paulo Skaf, voltou a defender hoje (29) um ajuste fiscal sem aumento da carga tributária.
“Eu acredito que haja a necessidade de um ajuste fiscal, mas que deve ser feito na mão da redução das despesas e não do aumento de impostos”, ressaltou após deixar o escritório do vice-presidente Michel Temer, na capital paulista. Os dois estiveram reunidos por mais de duas horas.
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Um dos caminhos para a redução do déficit nas contas públicas é, segundo Skaf, a repatriação de recursos que estão no exterior. “Com o novo governo assumindo e restabelecendo a confiança, há a possibilidade de haver um valor significativo”, destacou.
Uma lei para permitir a regularização do dinheiro enviado sem declaração ao exterior foi aprovada em janeiro.
Em troca da anistia de crimes relacionados à evasão de divisas, o contribuinte pagará 15% de Imposto de Renda e 15% de multa, totalizando 30% do valor repatriado.
No primeiro momento, há uma presunção de boa-fé, mas, futuramente, havendo dúvida sobre a origem dos recursos, o contribuinte poderá ser convocado para prestar esclarecimentos. A estimativa de arrecadação é R$ 21 bilhões neste ano.
Outra possibilidade, de acordo com Skaf, é a redução dos juros da dívida. “Quando o governo dá um bom exemplo, reduz seus gastos e desperdícios, recupera a confiança, cria condições para reduzir juros. O que reduz despesas”, acrescentou.
No final do ano passado, o Brasil teve a nota de investimento rebaixada pelas agências internacionais de risco devido à situação das contas públicas e a crise política.
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Ministério
O presidente da Fiesp negou a possibilidade de assumir um ministério em um eventual governo Temer.
“Eu tenho compromisso onde eu estou. Então, não há essa possibilidade”, enfatizou. Ele descartou que esteja em discussão a extinção do Ministério da Indústria e Comércio Exterior. “Essa ideia não existe”, disse.
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