A receita com as exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul já está 24,4% menor, nos primeiros oito meses deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, diminuindo de US$ 2,52 bilhões para US$ 1,90 bilhão, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems.
De janeiro a agosto de 2015 as maiores reduções ocorreram nos grupos “Extrativo Mineral”, “Complexo Frigorífico”, “Couros e Peles”, “Papel e Celulose” e “Óleos Vegetais”, que proporcionaram, no comparativo com igual período de 2014, redução das receitas equivalentes a US$ 252,5, US$ 238, US$ 51,4, US$ 46,9 e US$ 27,6 milhões, respectivamente, totalizando uma queda superior a US$ 616 milhões.
Segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, em relação ao volume, no acumulado do ano a queda foi de 18,1%. “Quanto à participação relativa, no mês de agosto, as vendas externas de industrializados atingiram a marca de 64% de tudo o que foi exportado por Mato Grosso do Sul, enquanto no acumulado do ano, na mesma comparação, a participação é de 59%”, detalhou.
Detalhamento
No período de janeiro a agosto, 97,7% da receita total das vendas sul-mato-grossenses de produtos industriais ao exterior ficou concentrada, basicamente, em sete grupos: “Papel e Celulose”, “Complexo Frigorífico”, “Açúcar e Etanol”, “Óleos Vegetais”, “Extrativo Mineral”, “Couros e peles” e “Alimentos e bebidas”.
No grupo “Papel e Celulose”, a receita totalizou US$ 692,8 milhões, indicando queda de 6,3% sobre igual período de 2014, quando as vendas foram de US$ 739,6 milhões. O resultado verificado teve como principal influência a diminuição das aquisições em importantes mercados compradores da celulose sul-mato-grossense, com destaque para a Holanda, Estados Unidos, Coreia do Sul, Itália e China que, somados, compraram US$ 67,6 milhões a menos, quando comparado com igual período do ano passado.
No “Complexo Frigorífico”, a receita de exportação de janeiro a agosto de 2015 alcançou o equivalente a US$ 577,2 milhões, apontando queda de 29,2% sobre igual período do ano anterior, quando a receita havia sido de US$ 815,2 milhões. A redução observada se deu, principalmente, por conta da forte diminuição das compras em importantes mercados para as carnes de Mato Grosso do Sul, com maior peso para a Rússia que sozinha foi responsável por uma redução superior a US$ 204,0 milhões.
Outros grupos
Já no grupo “Açúcar e Etanol” a receita de exportação de janeiro a agosto de 2015 alcançou o equivalente a US$ 217,7 milhões, variação nominal positiva de 0,7% sobre igual período do ano passado, quando as vendas foram de US$ 216,1 milhões. Até o momento, o resultado só não foi negativo em função do forte crescimento no volume comercializado de “Outros açúcares de cana”, aumento de 22% ou 118 mil toneladas a mais que igual período do ano passado, o que acabou compensando a redução de 16% no preço médio da tonelada do produto.
O grupo “Óleos Vegetais” fechou o período de janeiro a agosto de 2015 com receita equivalente a US$ 142,9 milhões, apontando queda de 16,2% sobre o mesmo intervalo de 2014, quando as vendas foram de US$ 170,5 milhões. O desempenho foi fortemente influenciado pela queda de 47% nas compras realizadas pela Tailândia e Holanda, sendo que os dois países eram os principais destinos das vendas de Mato Grosso do Sul, com participação equivalente a 64,2%.
Quanto ao grupo “Extrativo Mineral” a receita de exportação de janeiro a agosto de 2015 alcançou o equivalente a US$ 136 milhões, indicando recuo de 65% sobre igual período de 2014, quando as vendas foram de US$ 388,5 milhões. Resultado fortemente influenciado pela queda de 55% no preço médio da tonelada do minério de ferro, bem como pela redução de 35% no volume comercializado do produto. (Douradosagora)
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