Fechamentos mais recentes são de hotéis que demitiram 70 funcionários em Campo Grande
A paralisação na economia com a chegada do coronavírus já provocou a demissão de pelo menos 3 mil trabalhadores nos setores de bares, restaurantes, buffets, hotéis e similares em Campo Grande. Ontem o bar Twist, com mais de 17 anos de tradição na Capital fechou as portas sob grande tristeza do proprietário e de inúmeros clientes que ali viveram inúmeras etapas de sua vida. Ontem também duas unidades do Ibis, situadas na avenida Mato Grosso demitiram 70 funcionários.
O número engrossa um triste estatística de 2 mil trabalhadores no setor de bares e restaurantes e ainda cerca de mil profissionais sem carteira e informais que atuavam em trabalhos de buffet, como garçons, garçonetes e cozinheiras que perderam seu ganha-pão com a suspensão das atividades no segmento de eventos e festas.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis, Restaurantes, Apart-Hoteis, Bares e Similares de MS, Hélio Amâncio por enquanto as informações apontam que no setor de hotéis somente o Ibis fechou as unidades “No entanto sabemos que o Deville Vale Verde, e outros estão suspendendo os contratos de trabalho por tempo indeterminado ou dando férias coletivas para tentar passar a crise”.
Amâncio lembra que o Jandaia também reduziu parte dos trabalhadores e deve demitir 10 pessoas. Ele destaca que segundo dados da Abrasel MS o segmento já teria demitido mais de 2 mil funcionários somente na Capital. “Até abril a quantidade de demissões é de 2 mil, mas acreditamos que seja até mais que isso. As medidas foram necessárias porque o setor teve todas atividades suspensas ou reduzidas em 30% do atendimento. Com isso muitos empregos deverão ainda ser extintos”, alegou o presidente do Sindicato.
Ele destaca que muitos empresários vão esperar a tormenta passar, mas muitos não tem mais caixa para sobreviver e a única solução é fechar as portas de vez.
“Muitos vão esperar o durante e após a pandemia, o comportamento do mercado, até porque no nosso setor é o mais afetado. Quando retornar a normalidade, ainda assim vamos sentir com maior demora a retomada nos negócios”, lamentou.
“Nossa preocupação agora é priorizar os acordos coletivos manutenção do quadro de funcionários durante a vigência do contrato. E ver como cada empresa vai se adequar a sua demanda. Tudo vai depender do tempo que a doença durar”, acrescentou.
Autônomos – Além dos hotéis e restaurantes da Capital outro segmento o de buffets eventos e festas também amaga a perda de mais de mil vagas de trabalho, São trabalhadores quase que informais como garçons, cozinheiros, barmens, etc. “Estas pessoas não tem carteira assinada, não contribuem com Governo e por isso não conseguem nem a ajuda de R$ 600. Como vão trabalhar a partir de agora?” Campogrande news