A Agrinvest Commodities estima safra de 113,18 milhões de toneladas no ciclo atual, aproximadamente 8 milhões a menos que no ciclo anterior. A produção nacional de soja apresenta perdas principalmente no Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rio Grande do Sul
A Agrinvest Commodities divulgou nesta quinta-feira, dia 27, com exclusividade ao Canal Rural a primeira estimativa sobre a produção de soja na safra 2018/2019. Segundo o analista de mercado, Marcos Araujo, o Brasil não deve colher nova safra recorde neste ano já que os problemas climáticos estão comprometendo a produtividade das lavouras em alguns dos principais estados produtores.
“Nossos números apontam uma quebra de produtividade de 14% no Paraná, 13% em Mato Grosso do Sul e 5% em Mato Grosso. No Rio Grande do Sul, registramos seca e excesso de chuvas, mas não temos esse número consolidado, mas com certeza teremos quebra de safra”, disse.
A perspectiva de quebra de safra deve influenciar Os preços no mercado brasileiro.
“ A bolsa de Chicago não deve repercutir fortes altas neste momento porque os EUA terminaram a safra com grandes estoques e a China está ausente do mercado. O que deve subir são os prêmios da soja no Brasil, que devem refletir nas próximas semanas.”
A consultoria vai continuar o monitoramento do clima, mas considera pouco provável que haja reversão nos danos causados pela estiagem em regiões do Paraná, Mato Grosso do Sul e parte de Mato Grosso. “Nós vamos monitorar a chuva nos próximos dias, mas existem danos irreversíveis nas plantas. Mas para a soja de ciclo médio e tardio, é possível reverter essa perda, mas acredito que isso não vai acontecer”, contou.
A seca também prejudicou a produção do Paraguai. A Agrinvest estima quebra de 30% da safra por lá.