Rumo a recorde: PF apreende em 3 meses metade da cocaína de 2017
Superintendente acredita que método de trabalho e colaboradores contribuem para os números, que põem MS no caminho de um novo recorde
Superintendente da PF, Luciano Flores, diz que o órgão está em constante evolução.
Os números superlativos da cocaína marcam o primeiro trimestre do ano em Mato Grosso do Sul. Até agora, em menos de três meses, a PF (Polícia Federal) apreendeu 1,8 tonelada. O total já corresponde à metade dos carregamentos flagrados em 2017. No ano passado, o saldo das apreensões foi de 3,6 toneladas.
Para o superintendente da Polícia Federal, Luciano Flores, método de trabalho e colaboradores contribuem para os números, que põem Mato Grosso do Sul no caminho de um novo recorde. Que, como lembra o delegado, não deixa de ser triste, por evidenciar que o Estado segue na rota do narcotráfico.
“Apesar do efetivo não ter sido acrescido em número, a Polícia Federal está em constante evolução. Aos poucos, a gente vai conseguindo sucesso em algumas novas técnicas, que vão sendo aprimoradas”, afirma.
No quesito colaborador, a informação vem da população, que denuncia após situações suspeitas, e até de integrantes de quadrilhas rivais.
De um extremo ao outro, da Bolívia ao Paraguai, a fronteira de Mato Grosso do Sul tem rastro da cocaína. Da vizinha Bolívia e do Peru vem o entorpecente que ingressa pela região fronteiriça de Corumbá. Por questão de logística, a droga segue para a fronteira com o Paraguai. De onde é distribuída para o mercado interno, como o eixo Rio-São Paulo, ou segue a rota internacional, despachada principalmente a partir do Porto de Santos.
Conforme o superintendente, que assumiu o cargo no fim fevereiro, duas cidades de fronteira terão prioridade para construção de novas delegacias: Corumbá e Ponta Porã. O conjunto de projetos, que incluem fundação, parte elétrica, hidráulica e arquitetônica, deve ser finalizado até junho.
Segundo Luciano Flores, também foram apresentados projetos para aumento de efetivo e aquisição de equipamentos. “Ainda é muito cedo para dizer que conseguimos resolver o problema, mas está bem sinalizado no sentido de serem atendidas as principais demandas”, afirma.
Rodoviária – A PRF (Polícia Rodoviária Federal) apreendeu em 2018 mais da metade do total de cocaína flagrada em todo o ano passado. “O que motiva não são novas rotas, mas, com certeza, a operação Égide, esse reforço na fronteira”, afirma o investigador Tércio Baggio.
A operação intensificou a fiscalização nas rodovias federais dos Estados que fazem fronteira com Bolívia, Argentina e Paraguai.
Cgnews