Rins e coração: doenças renais podem levar a problemas cardíacos
Sabia que os rins e o coração precisam trabalhar juntos e de forma saudável? É que doenças renais podem levar às doenças cardíacas e vice e versa. Por exemplo, é mais provável que as pessoas que sofrem com doença nos rins morram de problemas no coração. Ainda confuso? Especialista em rins, a nefrologista Shirley Damasceno, da secretaria de saúde do Distrito Federal, explica porque cuidar dos rins é também cuidar do coração.
“Os rins têm total ligação com o aparelho cardiovascular. O sangue bombeado pelo coração precisa ser purificado nos rins. E pra o rim funcionar, ele precisa da circulação correta do sangue. Por isso, muitas vezes o paciente renal crônico também tem alterações cardíacas”, detalha a médica.
O alerta é ainda mais importante para pessoas diagnosticadas com diabetes e hipertensão arterial, pois elas têm mais risco de desenvolverem doenças renal e cardíaca. É por isso a importância de ser acompanhado por serviços de saúde.
Como reduzir os riscos de doenças nos rins e no coração
E como tudo que envolve saúde, a alimentação saudável e equilibrada, com baixo teor de sal e açúcar, reduz os riscos de doenças nos rins e no coração.
Outras dicas são beber bastante água, não fumar e fazer atividade física regularmente. Essas ações juntas deixam o coração mais sadio, e consequentemente os rins também.
Diagnóstico e tratamento
A prevenção também passa pela descoberta precoce do problema. Quem tem doença renal, por exemplo, pode nem saber, porque a maioria delas é silenciosa, não apresenta sintomas.
“No SUS, por exemplo, as pessoas devem procurar o clínico geral, numa Unidade Básica de Saúde, onde é possível fazer acompanhamento de forma rotineira. Com a avaliação do clínico, se tiver alguma alteração, ele encaminha para o tratamento especializado com nefrologista ou cardiologista, feito nos hospitais”, explica Shirley Damasceno.
Pacientes com doenças renais ou cardíacos passam a ser acompanhados para tratar o problema e evitar que um órgão afete o funcionamento do outro. “A primeira coisa com relação ao paciente renal é o controle da diabetes e da hipertensão. Nos estágios mais elevados das doenças, o tratamento é com a hemodiálise ou diálise peritoneal”, esclarece a nefrologista.