Paulo Nogueira
As pessoas subestimam um problema de Temer. Acham que é pouca coisa, mas não é.
Sua incompetência. Ele é incompetente.
Se estivesse numa empresa, já teria sido demitido antes da terceira mesóclise.
Uma corporação em apuros não se refaz se na presidência estiver um incompetente.
Imagine, então, um país.
Temer tem uma série infindável de atributos negativos.
É medroso. É destituído de carisma. É inconfiável.
Mas a característica que realmente o inviabiliza como um presidente respeitável é a incompetência.
Os romanos diziam que se você não sabe para onde vai nenhum vento ajuda.
O grande líder — numa empresa, na vida pública, onde for — tem sempre esta característica: sabe para onde ir.
E Temer parece não saber sequer onde está.
Em suma: Temer é um pinguela. Um presidente pinguela. Tivemos outros da mesma estirpe num passado não tão distante assim. Sarney, Itamar, Collor.
Mas nenhum tão pinguela como Temer. Agora mesmo: como mostra a capa da Veja ele parece apostar na beleza de Marcela para elevar a miserável taxa de popularidade de seu governo.
O assunto viralizou nas redes sociais — como piada.
Uma piada pinguela, é verdade. Mas o que não é pinguela em Temer?
Ele é tão pinguela que sequer um apelido tão apropriado pega nele.
Foi FHC quem o chamou, primeiro, de pinguela — ponte tosca, rústica.
O apelido revela algumas coisas básicas não só de Temer, mas também de FHC. Primeiro, a idade. Depois, o mau caráter. Terceiro: que no fundo FHC é também um tremendo dum pinguela.
Um pinguelão.
E este foi 2016, um ano em que nos surrupiaram 54 milhões de votos e fomos malgovernados por um pinguela cercado de pinguelas — um incompetente que acredita que a beleza da mulher é capaz de salvá-lo de sua flamejante inépcia.
(*) O jornalista é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.
COMPUSHOP IMPORTADOS.
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