Produtos podem faltar a partir de sábado nos mercados; situação é mais crítica no interior
Setor afirmou que não irá aumentar os preços enquanto estoque durar
A greve dos caminhoneiros, que entra no 4º dia nesta quinta-feira (24), pode provocar a falta de produtos alimentícios nos supermercados de Campo Grande. De acordo com o presidente da Amas (Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados), Edmilson Veratti, a situação deve ficar crítica a partir de sábado (26) e os municípios do interior do Estado são os mais atingidos com o desabastecimento.
Com a greve dos caminhoneiros, estabelecimentos estão sem receber mercadorias desde o começo da semana e, neste momento, comercializam apenas os estoques. Segundo Veratti, não é possível nem falar em quais mercadorias serão as mais atingidas.
“Vai atingir os pequenos, médios e grandes, porque as indústrias são as mesmas. A situação é pior no interior. Tem lojas que não são abastecidas desde segunda-feira”, explica o presidente da Amas.
Ainda segundo Veratti, o setor supermercadista não deve aumentar os preços dos produtos por conta do desabastecimento, como tem sido feito nos postos de combustíveis.
Aviso está em lojas da Capital
Segundo ele, os preços dos produtos em estoque devem ser comercializados normalmente e, somente haverá reajustes se os estoques chegarem mais caros. Produtos como hortifrúti já estão aumentando, pois, o Ceasa repassou os produtos mais caros.
Em supermercados de Campo Grande, o movimento é tranquilo nesta manhã. Desde a quarta-feira (23), os estabelecimentos estão colocando placas para racionar os produtos e alertar aos clientes sobre a possível falta de itens.
Os efeitos da greve dos caminhoneiros já são sentidos e afetam postos de combustíveis, Correios e o aeroporto.
Greve dos caminhoneiros
A greve dos caminhoneiros continua e entra no quarto dia consecutivo nesta quinta-feira (24). A categoria bloqueou 15 pontos em estradas federais na quarta-feira (23) e o número deve aumentar, segundo o Sindicam-MS (Sindicato dos Caminhoneiros de Mato Grosso do Sul). Os caminhoneiros pedem a adesão de outras categorias, além de ajuda com suprimentos.
Ainda segundo o sindicato, haverá bloqueios em mais 18 cidades: Sidrolândia, Maracaju, Itaporã, Dourados, Rio Brilhante, Nova Alvorada, Bataguassu, Naviraí, Mundo Novo, Paranaíba, Chapadão do Sul, Sonora, Coxim, São Gabriel, Bandeirantes, Aquidauana, Água Clara e Nova Andradina.