“Ironicamente, no início da temporada, os agricultores se beneficiaram de um início de chuvas mais cedo que a média”
O novo relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que a produção de oleaginosas do Brasil deve diminuir devido ao clima que não é muito favorável para as culturas. Nesse cenário, a previsão de produção de soja foi reduzida para 115,5 milhões de toneladas, abaixo da estimativa recorde de 120,3 milhões, apesar de a área plantada ser pouco maior de 36 milhões de hectares.
“As temperaturas secas e quentes afetaram vastas porções das principais regiões produtoras de soja e, como resultado, a produção de soja deverá cair em todo o Brasil em 2018/19. Pós-corte, a previsão de exportação para 70 milhões de toneladas para 2018/2019, que é uma redução de 16 por cento sobre as exportações projetadas da temporada atual, de 84 milhões de toneladas”, diz o texto.
De acordo com a estimativa do final de janeiro da Associação de Produtores de Soja (Aprosoja), a maioria dos estados deve reduzir a produção na ordem de 5% a 30%. As condições de seca começaram em novembro, no sul do país e, após isso, o mesmo padrão climático espalhou-se mais ao norte em partes do Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e no nordeste da Bahia.
“Ironicamente, no início da temporada, os agricultores se beneficiaram de um início de chuvas mais cedo que a média, o que lhes permitiu semear imediatamente após o período de saneamento – projetado para conter as doenças causadas por fungos – que terminou em setembro. Os produtores estavam altamente motivados a semear o mais cedo possível, considerando o período de plantio da segunda safra, ou safrinha”, conclui o relatório. Fonte: Agrolink