Dados do Departamento da Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projetam um crescimento na produção brasileira de aves em 2,6% para 13,5 milhões de toneladas. A razão para o crescimento seria a recuperação econômica, queda da inflação e um possível aumento do PIB de até 3%. As exportações, segundo o órgão norte-americano, também aumentariam, mas em uma velocidade menor devido a restrições em grandes mercados como a China.
Para o USDA, os custos de alimentação animal provavelmente aumentarão, reduzindo as margens de lucros. A volatilidade na taxa de câmbio é vista como algo que permanecerá ao longo deste ano em função das eleições presidenciais.
O USDA recordou que em 2017 o custo de produção de aves de corte caiu 9,41% devido às safras recorde de soja e milho. Mas neste ano a safra de milho será um pouco menor que a do ano anterior. Como o milho representa aproximadamente 70% do custo dessas aves, os analistas do USDA projetam uma redução das margens em 2018.
Em função de que os preços comparados a outras carnes estão competitivos, haverá uma competição mais muito intensa com carnes bovina e suína.
No caso das exportações, o aumento deve ser de apenas 1,5%. As restrições ao produto brasileiro se dão na China e na União Europeia com falta de novas plantas autorizadas a exportar. O Oriente Médio e o Norte da África continuarão sendo os principais mercados do frango do Brasil em países como Egito, Emirados Árabes Unidos e Kuwait. No mercado, há um otimismo sobre a abertura dos mercados do México e do Chile, ressaltou o USDA.
Fonte: Agrolink