Presidente classifica sistema de avaliação pecuária como “rigorosíssimo”
O presidente da República, Michel Temer, classificou como “rigorosíssimo” o sistema de avaliação sanitária do setor pecuário brasileiro. Em discurso durante cerimônia de posse do novo conselho de administração da Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham), o presidente ressaltou a importância do agronegócio para a economia brasileira.
Temer lembrou que o produto exportado também passa por nova inspeção quando chega ao exterior. Na visão do presidente, um setor inteiro não pode ser colocado em dúvida por conta de erros de uma pequena parcela. “Uma coisa que será menor, apurável, fiscalizado, punível, se for o caso, mas não pode comprometer todo o sistema que nós montamos ao longo dos anos”, afirmou.
Neste domingo (20), o presidente da República se reuniu com ministros de Estado, representantes do setor e embaixadores de países que importam carne brasileira. Além de reforçar o rigor do sistema de inspeção, Temer determinou que a auditoria nos frigoríficos citados na operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal, fosse acelerada.
No ano passado, foram expedidas 853 mil partidas de origem animal para o exterior e apenas um número pequeno foi considerado fora do padrão de conformidade “Apenas 184 (das exportações de carne) receberam alguma observação burocrática. E não era exatamente observação sanitária”, disse Temer.
Exportações
O presidente da República chamou atenção, também, para o escopo da operação deflagrada pela Polícia Federal. Das 4.837 unidades de produção animal que existem no Brasil, 21 são investigadas. Destas, três já foram interditadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As outras estão sob regime especial de fiscalização.
No discurso, Temer lembrou também da relação comercial dos Estados Unidos da América com o Brasil e ressaltou que o país é importador de carne brasileira. “Exportamos para mais de 150 países e evidentemente, para obter este número, nós trabalhamos muito tempo (…) Mas, ao longo do tempo, os governos trabalharam e os produtores também se movimentaram juntos aos países para obter mercado”, afirmou.