O presidente Jair Bolsonaro anunciou a criação do Conselho da Amazônia e de uma Força Nacional para atuar na proteção do meio ambiente da região. O vice-presidente Hamilton Mourão vai coordenar o conselho.
O colegiado vai concentrar as ações de todos os ministérios voltadas para a proteção, defesa e desenvolvimento sustentável da Amazônia.
A Força Nacional Ambiental vai atuar nos moldes da Força Nacional de Segurança Pública para proteger a região, segundo o governo.
Em entrevista à jornalista Cristiana Lôbo, da GloboNews, o vice-presidente Hamilton Mourão falou que o governo vai ser mais proativo na preservação da Amazônia.
“A Amazônia desperta o interesse e visões de todas as pessoas do resto do mundo, nós temos que ter uma atitude, digamos assim, mais incisiva em relação ao que lá acontece”, disse o vice-presidente.
O blog do jornalista João Borges no G1 destacou que “gestores de grandes fundos de investimentos estrangeiros avisaram o governo brasileiro que não mais aplicariam dinheiro no país por causa da política ambiental para a Amazônia.”
O ministro do Meio Ambiente explicou que o conselho vai coordenar todas as estruturas que já atuam no combate ao desmatamento e incorporar temas como a regularização fundiária. Ricardo Salles disse que não há prazo para a implementação do conselho ou para a convocação da Força Nacional, nem qual será o custo.
No ano passado, o presidente Jair Bolsonaro acabou por decreto com dois órgãos que tinham atribuições semelhantes ao Conselho da Amazônia. Reuniam e integravam ministérios para ações voltadas ao combate do desmatamento, mas com a participação da sociedade civil.
O diretor do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia disse que as medidas são bem-vindas desde que sejam continuadas.
“Está criando um espaço de atenção para a Amazônia através de um conselho que a gente entende que vai unificar um conjunto de ações públicas e de política públicas pra Amazônia, isso é importante. O que a gente espera como técnicos, como pessoas que trabalham com Amazônia é que essa políticas sejam efetivas e continuadas para que o problema seja resolvido de fato concretamente e pra isso a gente precisa de atuação a longo prazo”, disse André Guimarães.