Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Os preços dos alimentos completaram em setembro quatro meses seguidos de quedas, contribuindo para deter a inflação no País no período. O grupo Alimentação e bebidas acumulou uma redução de 2,65% nos últimos quatro meses: o custo da alimentação para consumo no domicílio acumulou queda de 4,01% entre junho e setembro, enquanto a alimentação fora do domicílio teve alta de 1,01%.
Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Por ser o grupo de maior peso no IPCA, essas quatro deflações consecutivas contribuíram sim negativamente para o resultado”, disse André Almeida, gerente do Sistema de Índices de Preços do IBGE.
O grupo Alimentação e bebidas saiu de um recuo de 0,85% em agosto para uma redução de 0,71% em setembro. O grupo contribuiu com -0,15 ponto porcentual para a taxa de 0,26% do IPCA de setembro.
A alimentação no domicílio caiu 1,02% em setembro. As famílias pagaram menos pela batata-inglesa (-10,41%), cebola (-8,08%), ovo de galinha (-4,96%), leite longa vida (-4,06%) e carnes (-2,10%). Na direção oposta, houve aumentos no arroz (3,20%) e no tomate (2,89%).
A alimentação fora do domicílio subiu 0,12% em setembro. A refeição aumentou 0,13%, enquanto o lanche avançou 0,09%.
Almeida lembra que quatro itens alimentícios figuram entre os cinco maiores impactos negativos no IPCA de setembro: leite longa vida (-0,03 p.p.), batata-inglesa (-0,02 p.p.), ovo de galinha (-0,02 p.p.) e mamão (-0,01 p.p.).
“Os preços dos alimentos estão caindo por maior disponibilidade, maior oferta de produtos no mercado”, justificou Almeida. “A safra tem contribuído para uma maior disponibilidade dos alimentos no mercado. Tem maior oferta por maior safra, a maior produção tem contribuído para uma maior redução nos preços dos alimentos”, explicou, acrescentando que a redução de preços de algumas commodities também pode ter contribuído, além de uma queda nos custos de produção.
Os preços das carnes já acumulam queda de 11,55% de janeiro a setembro de 2023. Os preços das aves e ovos acumulam recuo de 7,93% no ano, enquanto os óleos e gorduras já caíram 17,41%.