Instabilidade no clima argentino e valorização do dólar foram destaques
O preço da saca do milho disparou no mês de março, alcançando uma média de R$ 31,51 o que representa aumento de 32% em relação ao mês de fevereiro. O impulsionamento foi ocasionado em razão da instabilidade climática na Argentina e a valorização do dólar, conforme informação divulgada no boletim da Federação de Agricultura e Pecuária de MS (Famasul).
Um comparativo com o mesmo período do ano passado confirma a retomada no preço do grão, já que em 2017 o preço era de R$ 23 reais, mantendo a média de crescimento acima dos 30 pontos percentuais.
De acordo com o analista técnico do Sistema Famasul, Luiz Gama, a explicação se deve aos seguintes fatores:
“As cotações internas do milho experimentaram forte valorização ao longo do mês, impulsionadas pelas condições de oferta na Argentina e apreciação do dólar. No entanto, outro fato que contribuiu foi a informação da USDA que os Estados Unidos tiveram queda de 2,43% na área semeada com o grão”, observa o especialista.
SOJA
Com aumento mais modesto, a soja também registrou crescimento de 6,75% no período, totalizando média de R$ 66,27, por saca. Contudo, o comparativo com o ano passado é mais otimista já que a evolução foi de 16,94%. Entre os municípios pesquisados Dourados e Ponta obtiveram as melhores cotações, com R$ 69 e R$ 68 reais, respectivamente.
Outra informação importante para os produtores sul-mato-grossenses foi divulgada pela Granos Corretora, apontando que 45,3% da safra 2017/18 de soja do estado já foi comercializada.
“A comercialização está alinhada com a temporada passada e o produtor está atento com a formação do preço do grão, aproveitando as janelas de comercialização”, argumenta Gama.
Fonte: Correio do Estado