O número de casamentos tem diminuído no Brasil. O IBGE constatou queda significativa em 2019, o 4º ano consecutivo. Os levantamentos não apontam muitos detalhes, porém não há dúvida de que os homens são os que mais temem a vida conjugal. Temem as necessárias mudanças de comportamento e a responsabilidade maior que a vida a dois exige, especialmente se ela começar com uma gravidez não planejada.
Outro forte inibidor do casamento está ligado ao sexo fácil, obtido de variadas formas, especialmente dentro do próprio namoro. Muitos relacionamentos duram anos dessa maneira, sem evoluir. Não saem desse estágio porque ele é muito cômodo, principalmente ao homem, que tem um apetite sexual maior e mais constante e que é satisfeito (também) com a namorada, que está a seu dispor, sempre que deseja.
O que poderia levar um homem ao casamento se ele já desfruta das “benesses” de um relacionamento amoroso? Muitos deles inclusive com o direito de dormir na casa dela, ou vice-versa. E o que torna ainda mais “seguro” e “permanente” essa situação é o fato de que esse procedimento tem a aprovação do pai e/ou da mãe.
Pais que não sabem ou não querem impor limites ao namoro e acaba concedendo excesso de liberdade aos jovens e adolescentes. Pais que não sabem dizer “não” para não contrariar o filho, mesmo sabendo que está trilhando um caminho errado. Lamentável e triste esse quadro verificado com relativa frequência no seio da célula mater da sociedade.
É impressionante também a velocidade do tempo que o casal percorre entre o momento em que se conheceram e o instante a primeira relação sexual: uma semana, duas, um mês… não mais que isso, na maioria dos casos. É assustador saber que em muitos namoros o sexo se dá no primeiro dia do relacionamento. Lamentável e triste os valores que os próprios jovens se dão nesses últimos tempos.
Felizmente nem tudo é assim. Existem muitas famílias que educam muito bem seus filhos e filhas, com bons princípios morais e espirituais. Por conta disso, com esse alicerce, mesmo longe da vista da família, eles procuram trilhar o bom caminho, respeitando principalmente essa questão de foro íntimo.
A igreja também exerce um excelente trabalho nesse sentido, na formação de meninos e meninas que entendem, desde cedo, os ensinamentos e mandamentos de Deus e Jesus Cristo em relação não apenas à lei da castidade, mas também em relação a outras questões delicadas e não menos importante como a honestidade, a integridade e até em relação a vestuário, aparência e linguajar.
Conscientes de que a intimidade física deve ocorrer somente entre marido e mulher e que por ser assim é que ela é bela e sagrada, muitos jovens de diversas igrejas têm firmado propósito perante Deus e a família, que se preservarão castos para o matrimônio.
Moças e rapazes estão dando grande exemplo de integridade moral e espiritual, ao agir dessa maneira. Suas ações tem proliferado cada vez mais na sociedade, porque entendem que a intimidade física é ordenada por Deus para a criação de filhos e para a expressão do amor entre marido e mulher.
Esses jovens valorosos, ligados às igrejas, não entram nas estatísticas sobre a fuga do casamento, constatada pelo IBGE. Eles procuram sair fortalecidos espiritualmente na vida para assumir com responsabilidade a vida matrimonial desde cedo. Formam famílias, são felizes e no computo geral os índices de divórcios e separações também são raros.
*Jornalista e Professor – [email protected]