A vagina – quem não conhece, procure no Google – é uma palavra universal, sobre uma paixão universal. Porém, na fértil mente deste que vos escreve, ficou a questão: porque e daonde vieram tantos nomes dessa nossa grande amiga?
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Buceta, Xoxota, Periquita, Perseguida, Perereca, Pepeca, Florzinha, Pérola, entre outros tantos milhões de nomes. Claro que existem diferenças na origem de todos, muitos são usados pela mãe, quando a filha ainda está se descobrindo, e sentem a necessidade de eufemizar com nomes bonitinhos. Outros tantos, são formas escrachadas e um tanto esdrúxulas que os homens se referem à nossa razão de viver. Não que nós vivamos em razão da periquita. Mas, nós nascemos dali. A mente de vocês é muito maliciosa, não me deturpem.
Em meus parcos pensamentos, cheguei a algumas – muitas vezes falhas – conclusões do porquê de existirem tantos nomes para descrevê-las. Um ou cinco, tudo bem. Mas existem bem mais de 100 nomes para vagina. Desde apelidos, até nomes postos pela sociedade como universais.
Consigo enxergar alguns motivos: o primeiro seria o sexo como tabu. Como até hoje acontece. Se faz necessário eufemizar o sexo, e não só entre crianças, muitas vezes, entre os próprios adultos, pelo assunto ainda ser algo guardado a sete-chaves. E aqui estou apenas fazendo uma observação e nenhum julgamento. É fácil perceber isso, quem tem essa visão de tabu, suaviza a palavra com nomes mais amigáveis.
Em segundo lugar, creio eu: personalidade. A Vagina, em nosso imaginário, cria personalidade própria e ganha o nome conforme o enredo o peça. Vai de pessoa para pessoa, e a forma como trata e respeita a outra. Tantas vezes é com carinho e poesia. Muitas vezes é invasivo, desrespeitoso e devemos ter todo cuidado com isso. Afinal, também existem trocentos nomes para o nosso órgão sexual e tenho certeza que você não gostaria de receber o mais broxante possível. Vale ressaltar que, muitos apelidos para pepeca a rebaixam e quase nenhum apelido para pênis o faz menos imponente. Ou seja, ainda tem o machismo velado na hora de apelidar nossos órgãos. Isso quer dizer que, dá pra fazer toda uma análise do caráter do homem, da feita que ele resolve se referir a sua vagina. É só ficar de olho.
A última razão, e essa eu puxo para mim, é que a palavra vagina não tem poesia. Infelizmente. É um nome técnico, correto e perfeito para ser usado em determinadas situações. Mas não consigo imaginar grandes textos de nossa literatura, descrevendo e admirando tão perfeitamente as mulheres, usando uma palavra muito técnica, sem a suavidade e poesia necessária que faça o leitor transcender. Mas, existe um nome correto? Contanto que não ofenda ou não fira eticamente ninguém, não. Eu, pessoalmente, prefiro usar o nome que tanto Gabriel Garcia Marquez e Shakespeare usam em suas obras. Simples e direto. Poético na medida certa. E humana, como ela o é.
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