O Land Rover que pertencia ao ex-vereador Alceu Bueno foi encontrado na manhã desta sexta-feira (23) em estrada de terra nos arredores de Ponta Porã.
O veículo estava completamente queimado e sem placas. O delegado que investiga o assassinato, Edilson dos Santos Silva, da Delegacia Especializa de Repressão a Roubo a Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras), explicou que apesar dos danos causados, é “99% certo” que o utilitário pertencia a Bueno.
Havia rumores de que os suspeitos de terem cometido a execução tinham fugido para o Paraguai com o veículo. Quem ateou fogo no carro fez questão de que até o número do chassi fosse danificado pelas chamas.
Queimar a Land Rover, que fora dirigida por Alceu Bueno quando ele saiu do trabalho na noite de terça-feira, foi forma encontrada pelos assassinos de dificultarem a investigação e eliminar provas do crime.
O delegado, em entrevista, não quis dar mais detalhes sobre os rumos da investigação. Algumas das linhas de trabalho são “queima de arquivo”, dívida com agiota e latrocínio.
Alceu Bueno foi condenado em caso de exploração sexual infantil em Campo Grande, que envolveu outros políticos e empresários da cidade.
CASO – Na quarta-feira de manhã (21), homem que seguia para o trabalho encontrou corpo carbonizado. Investigação da polícia identificou que vítima era o ex-vereador Alceu Bueno, que estava desaparecido desde às 22h de terça-feira (20).
Ele morreu com a língua de fora. O corpo foi abandonado em área de matagal, na Rua Avanhandava, região do Parque dos Poderes, em Campo Grande. Há indícios de que a vítima foi assassinada por estrangulamento, segundo a polícia.
CONDENADO – Alceu Bueno renunciou ao cargo de vereador em abril do ano passado, depois de ser alvo de investigações policiais sobre envolvimento em esquema de exploração sexual de adolescentes. Em dezembro do ano passado saiu a condenação de Alceu e mais quatro pessoas pelo crime.
A sentença foi proferida pela 7ª Vara Criminal de Campo Grande. A acusação envolvia ainda o ex-vereador Robson Martins, Sérgio Assis, Fabiano Viana Otero e Luciano Pageu.
A condenação de Otero foi de 11 anos e 11 meses de reclusão por extorsão, exploração sexual de vulnerável, corrupção de menores, associação para o crime e tráfico de menor para fins de exploração sexual. Se não tivesse sido beneficiado pela delação premiada, a pena dele seria de 23 anos e 10 meses.
Pageu foi condenado a 21 anos, sete meses e 20 dias de reclusão também em regime fechado. Ele é acusado de exploração sexual de vulnerável, corrupção de menores, associação para o crime e por dois crimes de extorsão. Mas diferente de Otero, ele foi absolvido do crime de tráfico de menor por falta de provas.
Martins foi condenado a 9 anos e 4 meses de prisão em regime fechado e o pagamento de 93 dias-multa por extorsão. Somadas, as penas dos envolvidos nesse esquema de exploração sexual infantil são de 57 anos e 20 dias de reclusão e 93 dias-multa.CORREIO DOO ESTADO.
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