Polícia indicia 38 suspeitos de traficar drogas sintéticas em voos nacionais

Polícia Civil indiciou 38 pessoas suspeitas de integrar uma quadrilha que usava voos domésticos para transportar drogas sintéticas para fora do Rio Grande do Sul. Há duas semanas, o grupo foi preso em uma operação, mas a investigação dos crimes iniciou há dois anos e meio.

Segundo o diretor do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc), delegado Mario Souza, eles responderão por tráfico, associação, organização criminosa, porte ilegal de arma de fogo, homicídio e tentativa de homicídio.

De acordo com a investigação, a quadrilha atuava em duas frentes: das drogas sintéticas e das convencionais, como maconha, cocaína e crack .

A Polícia Civil diz que trata-se de uma organização criminosa extremamente violenta, suspeita de ser responsável por mais de 15 homicídios e tentativas de homicídios em disputa por territórios em Nova Santa Rita e Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

A investigação apurou que as drogas sintéticas eram enviadas para fora do estado de avião. Os suspeitos transportavam os entorpecentes colados ao corpo, e embarcavam em voos nacionais, que não exigem raio-x para o embarque. Dessa forma, conseguiam passar pela fiscalização sem serem notados.

Com este procedimento, a quadrilha abastecia o mercado de drogas sintéticas em estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina. A polícia estima que ao menos 10 voos eram realizados por mês por integrantes da quadrilha.

Já as drogas convencionais eram transportados pela malha rodoviária, e abasteciam principalmente o interior do estado.

Além disso, a quadrilha é suspeita de ao menos 15 homicídios, e tinha a prática de ameaçar policiais militares.
G-1