Entre os jovens (18 a 24 anos), a aprovação do Pix chega a 99%, patamar semelhante ao da faixa etária seguinte (25 a 44 anos), com 96%. Já entre os que têm mais de 60 anos, o porcentual de aprovação cai para 65%.
A maior resistência para usar o Pix foi encontrada entre as pessoas de baixa renda e os de menor escolaridade, mas ainda assim em patamares de adesão superiores a 50%. Dos que têm até a escolaridade fundamental, 53% utilizam o Pix, enquanto no grupo de pessoas com renda de até dois salários mínimos a taxa de adesão ao sistema do BC é de 64%.
A pesquisa da Febraban ouviu 3 mil pessoas acima de 18 anos em todas as regiões do Brasil. As entrevistas foram feitas entre os dias 19 e 27 de novembro, e fazem parte da quarta edição do Radar Febraban, divulgado a cada trimestre.
Golpes
No Pix, para um terço dos entrevistados há uma diferença sobre a percepção de segurança do serviço. Para 32%, o sistema dos bancos é mais seguro do que o oferecido por fintechs. Já outros 32% destacam que o sistema é igualmente seguro nos dois tipos de instituições.
Entre os entrevistados, 22% afirmaram já terem sido vítimas de golpes ou tentativa de fraude, patamar semelhante ao do levantamento feito em setembro (21%). Já entre os mais velhos, acima de 60 anos, esse porcentual sobe para 30%.
Já o golpe em que criminosos fazem ligações fazendo se passar pela central de atendimento do banco e pedem dados pelo telefone subiu de 18%, em setembro, para 28% na pesquisa divulgada ontem.
Em terceiro lugar, a tentativa de fraude mais comum é por meio do aplicativo de mensagens WhatsApp, em que alguém se passa por um conhecido solicitando dinheiro, com 24% dos relatos.
A Febraban quis ter ainda dos entrevistados uma avaliação sobre o nível de confiança nas empresas, bancos e fintechs. Nos bancos, a confiança caiu de 60%, em setembro, para 58%, enquanto nas fintechs houve recuo um pouco maior, de 59% para 56%. Já nas empresas privadas a confiança se manteve em 54%.
Inflação
A inflação alta no Brasil prejudica mais o consumo de alimentos e produtos de abastecimento doméstico, na opinião de quase 70% dos entrevistados pela Febraban. Para 42%, o maior impacto é nos preços dos combustíveis e 19% apontam efeitos nos pagamentos de serviços de saúde e remédios.
Na faixa etária de 25 a 44 anos e entre os com curso superior, o efeito negativo da inflação no consumo de alimentos é citado como o principal por 74% e 73% dos entrevistados, respectivamente.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.