Em novas buscas realizadas pela PF (Polícia Federal) no apartamento em Salvador onde foram encontradas as malas e caixas de dinheiro reforçam a associação da soma a Geddel Vieira Lima, noticiou o jornal O Globo. Entre outros fatores, digitais do ex-ministro da Secretaria de Governo do presidente Michel Temer foram encontradas nas notas.
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Como resultado do pente fino realizado pela PF, foram relacionadas 4 provas que complicam a situação de Geddel.
1) as digitais do ex-ministro colhidas no apartamento onde houve a busca estavam impressas no próprio dinheiro e material que acondicionava as notas;
2) uma segunda testemunha ouvida após a operação policial confirmou que o espaço havia sido cedido a Geddel, corroborando o que disse o dono do imóvel;
3) uma segunda pessoa é suspeita de auxiliar o político baiano na destinação das caixas e malas de dinheiro;
4) a PF identificou risco de fuga depois da revelação da história da maior apreensão de dinheiro vivo já registrada no Brasil.
Apesar dos novos indícios, ainda não há informações sobre a origem dos R$ 51 milhões, porém a PF suspeita que parte do dinheiro venha de propinas para viabilizar a liberação de crédito do FI-FGTS a empresas. Geddel é suspeito de receber R$ 20 milhões em propinas. Conforme publicado pelo O Globo, o peemedebista foi vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal entre 2011 e 2013, indicado pela então presidente Dilma Rousseff. Ele também foi ministro no governo Lula.
Justiça Federal em Brasília analisa o caso. Suspeito de atrapalhar as investigações da Operação Cui Bono, Gedel foi preso preventivamente em 3 de julho, porém conseguiu direito de cumprir prisão domiciliar e deixou o Presídio da Papuda em Brasilia, 10 dias depois. Ele está em seu apartamento (a poucos quilômetros do imóvel onde o dinheiro foi encontrado), sem tornozeleira eletrônica, pois o dispositivo está em falta na secretaria de administração penitenciária da Bahia.
Porém os novos indícios podem levar a uma nova prisão de Geddel, independentemente de ter obtido prisão domiciliar anteriormente. De acordo com informações publicadas pelo O Globo, tudo depende de que a PF ou o MPF façam pedido nesta direção à Justiça Federal em Brasília. g-1
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