Segundo o SIG, homem faz parte de uma quadrilha que agia em MS há algum tempo e encaminhava a droga para vários Estados
O SIG (Setor de Investigações Gerais) na Polícia Civil de Dourados prendeu um jovem de 20 anos, nascido em Recife (PE), que enviava droga de alta qualidade, conhecida como “tipo exportação”, via Sedex para vários lugares do país. Ele estaria em Mato Grosso do Sul há 45 dias e para a polícia, participava de uma quadrilha cuja sede ainda é investigada.
O jovem, preso em um hotel de Dourados, confessou que veio incialmente para Ponta Porã e foi abordado por um desconhecido para iniciar a atividade ilícita. “Inicialmente ele estava em Ponta Porã e tentou enviar a droga em uma caixa de som, mas o produto foi retido em São Paulo. Dessa forma, ele foi orientado pela quadrilha para vir para Dourados que seria uma cidade menos visada que Ponta Porã”, disse o delegado Rodolfo Daltro.
As investigações iniciaram pela atividade incomum do acusado em idas frequentes às agências dos Correios que chamou atenção das autoridades. De acordo com Daltro, essas visitas eram para esquematizar o melhor momento para postar as caixas com as drogas.
“Ele ia até as agências e monitorava os horários de menor fluxo dos funcionários, maior fluxo de pessoas e horários de almoço e com isso os funcionários não abriam as caixas para fiscalizar”, relatou.
O delegado ainda afirmou que a droga era bem escondida nas embalagens para camuflar o envio sem dar pistas. “Ele enrolava a droga em várias camadas de plástico bolha, colocava junto urso de pelúcia e outros objetos e declarava como sendo artesanato”, completou.
Nesta semana, durante a prisão, o jovem confessou que teria acabado de enviar uma caixa para Minas Gerais. Os policiais foram até os Correios, identificaram a caixa e nela estavam quatro tabletes com 8 kg de maconha.
“Ele fazia parte de uma quadrilha bem estruturada que dava todo suporte necessário. Era um esquema bem elaborado. Deu certo na primeira vez e viram que poderiam seguir o formato de envio”, seguiu Daltro.
As investigações agora são para identificar a quantidade de droga já enviada através dos registros nos Correios. O trabalho também seguirá para encontrar os demais integrantes da quadrilha.
“Temos que mensurar a quantidade que já foi enviado pelos registros nas agências. Sabemos que foi enviado para vários Estados como São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco. Também não está descartado o envio de outros tipos de drogas, como cocaína, por exemplo”, encerrou o delegado.
O jovem, que também tinha outras identidades falsas para agir, foi preso em flagrante por tráfico de drogas, associação ao tráfico, documentos falsos, e foi representado pela prisão preventiva.