Foto: Rodson Willyans – Chefe da perícia da Polícia Federal participou de seminário na Capital
O chefe da perícia da Polícia Federal, Fábio Salvador, responsável pela parte pericial das investigações da Operação Lava Jato, participou, ontem (2), do 17ª Seminário regional dos peritos Oficiais de Mato Grosso do Sul e do 4º Seminário dos peritos criminais regionais. O perito afirmou que todos os Estados, inclusive Mato Grosso do Sul, fazem parte da investigação da Lava Jato, de maneira direta ou indireta no desvio de recursos públicos.
Questionado sobre o envolvimento de políticos do Mato Grosso do Sul na Operação, Salvador afirmou que não poderia comentar detalhes para não ser leviano. Mas destacou que a perícia vai atrás de provas e não de pessoas. “O objetivo da perícia dentro da investigação é buscar sempre a verdade por meio da prova material. A perícia, nesse sentido, não visa mirar pessoas, mas a prova. Sempre mostrar a verdade por meio dessa prova material”, destacou.
O chefe da perícia da Polícia Federal destacou a importância da Operação Lava Jato e que está afetando diversos interesses públicos e privados. “É normal que existam pressões para que a Operação siga rumos diferentes. Já estávamos preparados para isso. Já esperávamos que isso iria ocorrer. O objetivo da Operação é o bem comum da sociedade”, explicou.
Sobre o projeto anticorrupção aprovado pelo Congresso e o impacto na operação Lava Jato, Fábio Salvador afirmou que os projetos acabam modificando as impressões em relação à corrupção e que o momento é de debate sobre o assunto. “Agora é o momento de se analisar essas situações. Ninguém quer que haja abuso de autoridade ou até mesmo a corrupção. Agora é o momento de grandes discussões no país e de amadurecimento para que se combata a corrupção”, disse.
Também foi destacado que a Polícia Federal é referencia mundial em relação a possibilidade, protocolo e tecnologia na investigação pericial. “Os Agentes da Polícia Federal sempre procuram desenvolver novas formas para poder encontrar provas ocultas. Durante esse tempo da Lava Jato utilizamos diversas tecnologias. As tecnologias que foram utilizadas há dois anos não são as mesmas que utilizamos atualmente”, destacou.
Folha de Dourados