O micro e pequenas empresas encerram o mês de julho com um saldo de 43,7 mil empregos gerados, enquanto as médias e grandes fecharam 6,8 mil postos de trabalho. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram compilados pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Foi o quarto mês seguido em que os pequenos negócios abriram mais vagas do que demitiram. No acumulado do ano, eles criaram 215,3 mil vagas. Já companhias maiores fecharam 160,8 mil postos no período. Esse fenômeno é explicado por uma série de fatores, entre eles o alto custo das demissões para as empresas pequenas e a proximidade que elas têm com os funcionários, o que dificulta as dispensas, segundo o diretor-presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.
“A relação pessoal no trato do emprego faz com que a última coisa em que a micro e pequena empresa pense é em desempregar. Até porque ela é uma grande família”, afirmou. A substituição de mão de obra por máquinas é outro motivo que leva as grandes corporações a fazerem mais cortes, na visão de Afif. “Quem faz isso é quem tem intensidade de capital. O desemprego estrutural está exatamente nas grandes indústrias, que vivem um processo de robotização e digitalização em progressão geométrica”, emenda.
No geral, o país abriu 35,9 mil vagas em julho, segundo o Caged. Foram registradas 1.167.770 contratações e 1.131.870 dispensas de trabalhadores com carteira assinada. Dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelaram que falta trabalho para 26,3 milhões de brasileiros, que estão desocupados ou subocupados (trabalham por poucas horas). O número de desempregados ficou em 13,5 milhões em junho (dados mais recentes).
Por área
Em julho o setor que mais gerou empregos entre os pequenos negócios foi o de serviços, com a abertura de 18 mil vagas. Em seguida veio o comércio, com 10,3 mil. Os negócios de construção civil abriram 7,6 mil postos de trabalho.
Fonte: Fiems