As primeiras áreas estão sendo colhidas na região noroeste do estado. Clima frio registrado durante o desenvolvimento das plantas pode ter afetado o desempenho.
Com a previsão de colher 18 milhões de toneladas nesta safra, quase 10% a mais que a anterior, o segundo maior produtor do grão no país, o Paraná, já coloca as máquinas em campo. Apesar da euforia, ainda tem muita área verde, assim como os primeiros talhões recolhidos tem produtividade abaixo do esperado.
HOTEL TERERE
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Começou para valer a colheita de soja no Paraná. E a equipe do Projeto Soja Brasil acompanhou as primeiras máquinas que entraram no campo, especificamente na região noroeste do estado. Na propriedade do agricultor Pedro Coelho, localizada no município de Quarto Centenário, foram cultivados 60 hectares com a oleaginosa em meados de setembro, logo após o fim do vazio sanitário, e agora as colheitadeiras entraram em campo.
Os primeiros talhões renderam aproximadamente 60 sacas por hectare, 10 a mais que a média nacional. Este montante seria comemorado por muitos estados e municípios, mas aqui, ele ficou abaixo do esperado para a região. que colhe normalmente de 70 a 80 sacas por hectares na média, segundo informações da Associação dos Produtores de Soja do Paraná (Aprosoja-PR). “Esta área foi plantada no mês de setembro. Durante a germinação, tivemos um período muito frio, que comprometeu o arranque desta lavoura. E, no mês de novembro, tivemos uma pequena estiagem com altas temperaturas aqui na nossa região”, conta Coelho.
No período destacado pelo produtor, de fato as temperaturas médias chegaram a 8°C e a expectativa dos consultores agrônomos era de que isto realmente colaborasse para o atraso no desenvolvimento das plantas, e consequentemente empurrasse o momento da colheita mais para frente.
Segundo o engenheiro agrônomo José Guilherme Viani esse atraso para o período da colheita na região, se deve mais a adoção de variedades com ciclo de maturação maior, do que somente as baixas temperaturas. “O padrão do grupo de maturidade relativo (GMR) de cada genótipo, anos atrás, era 5.8 ou 5.9. Quer dizer, uma soja mais precoce, com ciclo menor. Este ano, notamos uma substituição grande destas variedades por sojas de ciclo 6.1 até 6.5. Isto atrasará em até 11 dias o período da colheita”, explica Viani.
O presidente da Aprosoja-PR, José Eduardo Sismeiro, confirma que os produtores da região optaram por variedades de ciclos mais longos, por ter a expectativa que o clima poderia complicar as coisas. “No ano passado o produtor plantou cedo também, mas cultivou variedades de ciclos mais rápidos. Este ano, como a expectativa era ter algum veranico, o produtor acabou optando por uma soja de um ciclo um pouco mais longo”, relata Sismeiro.
Por esta razão, boa parte das lavouras da região ainda estão verdes ou recém dessecadas, e a colheita deve acelerar mesmo nos próximos dias. Será assim nas outras propriedades do produtor Coelho, que somam 1,5 mil hectares no total. “Este ano, aqui na região de Goioerê teremos um período de no máximo trinta dias para a colheita de 99% da safra e entrega nos armazéns das cooperativas”, diz Ronaldo Novais, agrônomo do sojicultor Pedro Coelho.
FONTE: Canal Rural
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