Com 35% da área colhida no país, já se observa uma produtividade bem abaixo da média natural do país nas principais regiões produtoras paraguaias. 25% da área ainda possui lavouras com a necessidade de novas chuvas de, pelo menos, algo entre 40 e 50 mm para que as perdas totais não se agravem.
A expectativa é que a safra de soja do Paraguai tenha uma quebra de até 10% por conta das adversidades climáticas. Além disso, os produtores rurais estão segurando a venda devido aos estoques baixos e procurando alternativas para não fixar os custos de produção.
De acordo com a Diretora Sócia da DASAGRO, Esther Storch, a colheita tem avançado a cada dia e o percentual atualmente colhido no país é de 35%. “Os trabalhos de campo começaram de forma lenta, mas nesta última semana o andamento da colheita avançou 14% em que as regiões mais adiantadas são norte e centro do país”, afirma.
Algumas áreas foram cultivadas em períodos similares, porém as lavouras tiveram condições climáticas adversas e diferentes tipos de tratos culturais. “Nós observamos que áreas plantadas no mesmo período apresentam abismos e diferentes médias de produtividade. Por isso, está muito difícil saber qual a média de produção de uma determinada localidade”, comenta.
Nesta temporada, a expectativa inicial era de uma produção de 10 milhões de toneladas. “Não se esperava uma safra recorde, como há dois anos, mas estava projetava para ser uma safra similar ao do ano passado. Atualmente, estamos trabalhando com uma quebra de safra de 800 mil toneladas”, destaca.
Com uma produção menor, muitos agricultores pediram o cancelamento dos contratos futuros. “Nós acreditamos que aproximadamente 40% dos produtores estão com o custo fixado e 59% estão com a produção comprometida com financiamento de insumos”, ressalta.
Por: Carla Mendes e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas