Prefeitos de várias cidades do Mato Grosso do Sul que estiveram reunidos de forma virtual em um chat da Assomassul, nesta segunda-feira relataram o aumento de casos de contaminação e da ocupação cada vez maior dos leitos de UTI’s. A situação é pior nas cidades das chamadas macrorregiões, caso de Dourados e Ponta Porã que atendem em sua rede de saúde, pacientes de outros municípios em média e alta complexidade.
No final de semana Dourados decretou o fechamento do comércio e de várias outras atividades e somente os serviços considerados essenciais estão funcionamento. A fila de espera na segunda maior cidade por um leito em UTI para pacientes com Covid 19 chegou nesta terça-feira a 66 pessoas.
Em Ponta Porã a situação vem se agravando a cada dia e apesar de nos últimos dias a capacidade de leitos na UTI do Hospital Regional ter aumentando em 20 por cento e já existe a promessa do Governo do Estado de que novos equipamentos devam ser enviados, o quadro é preocupante.
De acordo com o que foi apurado, o Comitê da Covid se reuniu para avaliar os números atuais e a proximidade do feriado prolongado deste final de semana sinaliza para uma grande movimentação no comércio de Pedro Juan Caballero, aumentando o fluxo de pessoas no município e consequentemente o perigo de contaminação.
Técnicos do Comitê e profissionais da área de saúde recomendam que sejam tomadas de imediato as seguintes medidas;
Redução do horário de funcionamento do comércio; imposição de lei seca durante os finai de semana para evitar aglomeração em bares, lanchonetes e restaurantes; toque de recolher entre às 20:00 e às 05:00 horas; redução do horário de funcionamento de restaurantes, conveniências, lanchonetes, cafés e estabelecimento congêneres de alimentação; a limitação do horário de serviços de entregas a domicílio (Delivery).
Também foi recomendado a suspensão temporária do funcionamento de bares, conveniências de bebidas, boates, discotecas, danceterias, casas de shows e estabelecimentos congêneres; suspensão das aulas presenciais em escolas, faculdades, cursos de qualquer natureza, incluindo-se de idiomas, tanto públicos quanto privados; a suspensão do funcionamento de academias, centros de ginástica, de lutas de qualquer espécie, estabelecimento de condicionamento físicos e similares, sendo vedado o acesso de público nesses locais; a suspensão das atividades de estabelecimentos privados de acesso coletivo, como clubes recreativos e desportivos, cinemas, bibliotecas, parques de diversões e parques públicos.
A redução da capacidade de pessoas nos ônibus de transporte coletivo urbano e adoção de novos critérios para o funcionamento de igrejas e templos.
Estas medidas teriam a validade de 15 dias e ainda devem passar pela aprovação do prefeito Hélio Peluffo e pelos secretários municipais, onde o impacto em cada setor será avaliado.
Uma fonte ouvida pela reportagem disse que não está descartado o lockdown se houver uma mudança na bandeira dentro do Programa Prosseguir do Governo do Estado. No último dia 24 Ponta Porã estava na bandeira vermelha que representa alto risco de contaminação, abaixo apenas da cinza que é de grau extremo de contaminação e com isso somente as atividades essenciais podem ser exercidas e as demais atividades obrigatoriamente precisam ser suspensas.