Cinco anos depois que filhos casaram, casal resolveu se unir
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Como diz aquele velho ditado: quando as coisas tem que acontecer, nada nem ninguém é capaz de impedir. E foi isso que aconteceu com Roseli Rigo, 49 anos e Edvaldo Moraes Batista, de 68. Mesmo contra a vontade dos filhos, a diferença de quase 20 anos de idade e mais de mil quilômetros de distância dos estados de origem não impediram que os dois realizassem o sonho de casar.
A história com final feliz não passaria de “mais uma” se o pai da noiva não tivesse casado com a mãe do noivo. Guilherme Rigo dos Santos, de 25 anos e Rosa Silva Batista dos Santos, de 32 estão casados há cinco anos, mas a mãe dele e o pai dela só foram se conhecer no ano passado, alguns meses depois de Edvaldo ter ficado viúvo do segundo casamento.
“Foi tão incrível que nenhum se lembra de terem se visto no casamento. Acho que apenas nos cumprimentamos”, contou Roseli, auxiliar de limpeza, à reportagem do Portal Correio do Estado. Depois do falecimento da esposa, Rosa convidou o pai para vir de Porto Velho, capital de Rondônia, passar um tempo em Campo Grande.
“Ajudei a criar três filhos da minha ex-mulher, mas depois que ela morreu eles viraram as costas para mim. Então eu escutei o pedido da minha filha e vim pra cá. Foi quando conheci a Roseli”, relatou Edvaldo, pedreiro aposentado.
Os dois se conheceram em maio do ano passado na igreja. “Cheguei perto dela e ela disse que estava triste porque não arrumava namorado, então falei: ele está mais perto do que você pensa”. E depois do primeiro passo dado por Edvaldo, há oito meses, o casamento não demorou para acontecer.
“Ele retornou para Porto Velho resolver umas pendências e no dia 15 de junho começamos a namorar. No dia dos namorados do ano passado, dia 12 de junho ele ia me pedir em namoro, mas eu estava com muita febre. Então no dia 15 do mesmo mês começamos a namorar e no dia 26 de junho ficamos noivos”, detalhou Roseli.
Guilherme com sua mãe, Roseli; Edvaldo com a filha, Rosa (Foto: Arquivo pessoal)
Mesmo contra a vontade dos pais, que a princípio eram contra a união, os dois se casaram no dia 18 de fevereiro. “No começo eles não queriam, acharam estranho, principalmente meu filho. Ele perguntou: como vou te chamar, de padrasto ou de sogro? E o Edvaldo respondeu: Como você quiser, mas eu vou te chamar de filho”, relembrou Roseli.
Filha única de Edvaldo, Rosa, que é filha do primeiro casamento de Edvaldo, não aceitava que o pai se casasse com a sogra. “No começo ela não aceitava porque ela queria que eu voltasse com a mãe dela. Mas eu não queria, ela me deixou há 30 anos, arrumou outro logo em seguida e já está até casada”, destacou Edvaldo.
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“Eu achei estranho para falar bem a verdade, nunca tinha visto falar de sogro casar com sogra, mas hoje já acostumei”, contou Rosa, que, depois de assimilar a ideia do casamento do pai com a sogra, Rosa abençoou a união e foi até madrinha. “Falei para ela largar de besteira e chamei para ser madrinha. Todo mundo quer ser feliz. Sou pobre mesmo, não tenho nada na vida, só Deus e os amigos”, analisou Edvaldo.
Quem também achou diferente o casamento entre o pai da noiva com a mãe do noivo foi o juiz de paz que celebrou a união dos dois. “Ele falou que nunca tinha visto algo parecido, que nossa história dava até uma matéria”, informou Roseli, que resolveu procurar a reportagem para relatar a história que nunca foi contada antes. CORREIO DO ESTADO