O comerciante investigado na Operação Conquista, da Polícia Federal, foi preso hoje por porte ilegal de arma de fogo. Ele é suspeito de comandar esquema que desviou parte dos R$ 3 milhões que foram destinados para crédito fundiário de assentados rurais em Tacuru. O nome do suspeito não foi divulgado.
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Contra ele não havia mandado de prisão, mas os agentes encontraram uma espingarda, uma pistola .380, um revólver .22, além de munições. A investigação, conduzida pela Delegacia de Naviraí, obteve da Justiça Federal quatro mandados de condução coercitiva e três de busca e apreensão.
Além do principal suspeito, os policiais conseguiram colher depoimento da mãe dele, que é a dona da empresa que vencia as licitações para execução de serviços no assentamento, e de um irmão, que trabalha junto com o comerciante investigado. Todos estavam em Tacuru.
A condução que era para ser feita em Campo Grande não foi cumprida porque o engenheiro agrônomo relacionado no mandado estava viajando. Ele deve ser ouvido na quinta-feira. Uma servidora da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer) também vai ser intimada, na condição de testemunha, para prestar esclarecimentos.
“Verificamos que o comerciante teve uma evolução de patrimônio muito rápida. Ele passou a comprar veículos, ampliou a casa, que tem sauna, piscina e campo de futebol”, explicou o delegado do caso, Lucas Vilela.
Ele apontou que o suspeito usava a mãe para tentar desviar o foco. A mulher aparecia como dona de empresa que vencia quase todas as cotações de serviços que eram feitas. Em depoimento, ela sinalizou que não tinha detalhes sobre as negociações e era o filho quem cuidava do negócio.
APREENSÕES
Os objetos apreendidos hoje pela Polícia Federal foram uma moto de alto padrão, dois utilitários (uma Pajero e uma Hillux), um barco com motor, três armas, munições e um veículo de pequeno porte.
O delegado que preside o inquérito também pediu bloqueio judicial de contas correntes dos investigados, mas aguarda decisão judicial.
O ESQUEMA
Durante a investigação comandada na Delegacia de Naviraí, descobriu-se que presidentes de Associações de Trabalhadores Rurais do Assentamento Conquista fraudavam financiamentos de projetos.
Os valores do Programa Nacional de Crédito Fundiário que deveriam ser destinados para os assentados acabavam sendo desviados pelos responsáveis pelas associações, que apareciam no esquema como gestores dos recursos. A PF estima que praticamente todo o montante de R$ 3 milhões destinados para os assentados podem ter sido desviados.CORREIO DO ESTADO.
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