Depois da AY.4.2, as autoridades de saúde do Chipre afirmam ter descoberto uma nova variante que junta a Delta e a Ómicron.
“Há atualmente co-infecções de Ômicron e Delta e detectamos esta variante que combina as duas”, disse Leondios Kostrikis, professor de biologia na Universidade de Chipre e responsável pelo Laboratório de Biotecnologia e Virologia Molecular, à estação cipriota Sigma TV, citada pela Bloomberg. Contudo, para já, não existem certezas sobre a veracidade desta variante, cujas amostras estão sendo analisadas pela GISAID, umas das redes de análise do vírus da Covid-19 com que trabalha a Organização Mundial da Saúde.
Deve preocupar-se? Segundo Kostrikis, a infecção por Deltacron é maior entre doentes hospitalizados por Covid-19. Já o ministro da Saúde cipriota, Michael Hadjipantela, disse no domingo que a nova variante não é motivo de preocupação e que serão revelados mais detalhes numa coletiva de imprensa agendada para esta semana, de acordo com o Philenews .
Entretanto, já vários especialistas vieram dizer que pode tratar-se de um erro de laboratório, nomeadamente Tom Peacock. O virologista do Imperial College de Londres, considera que se trata de um caso de contaminação.
Já Sunit K Singh, virologista e professor do Banaras Hindu University, na Índia, sublinhou que “nem todas as mutações são motivo de alarme. Também Eric Topol, biólogo molecular do Scripps Research Translational Institute, atribuiu pouca importância a esta informação. “É um novo subtipo de ‘scariant’ [jogo de palavras entre ‘scare’ e ‘variante’, que significam ‘medo’ e ‘variante’, em português).