O Lado Escuro da Lua é frequentemente associado a mistérios e segredos, mas esse “lado” da Lua é mais normal do que você imagina. Veja!
A expressão “lado escuro da Lua” é frequentemente mal interpretada. Muitas pessoas acreditam que se refere a uma parte da Lua que nunca é iluminada pelo Sol.
No entanto, essa ideia é um equívoco. Na verdade, o que chamamos de “lado escuro” é mais precisamente o “lado afastado” da Lua, que é a face que nunca é visível da Terra devido ao fenômeno da rotação sincrônica.
O que é o lado escuro da Lua?
Vamos entender o que é esse fenômeno e o que é de fato mito ou realidade a respeito do lado escuro da Lua e sua exploração.
A Rotação Sincrônica da Lua
A Lua realiza uma rotação em torno de seu próprio eixo no mesmo tempo que leva para orbitar a Terra, cerca de 27,3 dias. Essa sincronia faz com que apenas uma de suas faces esteja sempre voltada para o nosso planeta.
O lado que não vemos é o que se tornou conhecido como o lado afastado ou lado escuro da Lua. Embora essa face não receba luz solar de maneira constante, ela não é permanentemente escura. Assim como a face visível, o lado afastado também passa por ciclos de dia e noite.
Características do Lado escuro da Lua
O lado escuro da Lua é bastante diferente do lado que podemos observar. Enquanto a face visível é marcada por grandes mares lunares, que são vastas planícies escuras formadas por antigas erupções vulcânicas, o lado afastado é coberto por crateras e montanhas.
A superfície é mais acidentada e possui uma quantidade significativamente menor de mares. Essa diferença se deve, em parte, à formação e evolução da Lua.
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A primeira vez que o lado afastado da Lua foi fotografado foi pela sonda soviética Luna 3, em 1959. As imagens revelaram uma superfície cheia de crateras e uma geologia que intrigou os cientistas. Desde então, várias missões espaciais, incluindo as missões Apollo e sondas modernas como a Chang’e 4 da China, têm explorado essa região. A Chang’e 4, em particular, fez história ao pousar na bacia de Aitken, uma das crateras mais antigas e profundas do Sistema Solar, em 2019.
Embora o termo “lado escuro da Lua” possa evocar imagens de mistério e desconhecido, a realidade é que este lado da Lua é tão fascinante quanto o que podemos ver. Com suas características geológicas únicas e a exploração contínua por parte de missões espaciais, o lado afastado da Lua continua a ser um campo de estudo valioso para cientistas e entusiastas da astronomia.
À medida que a tecnologia avança, novas descobertas sobre essa parte da Lua podem nos ajudar a entender melhor não apenas nosso satélite natural, mas também a história do Sistema Solar como um todo. Portanto, da próxima vez que você olhar para a Lua, lembre-se de que há muito mais a ser descoberto além do que nossos olhos podem ver.