O açúcar está presente em grande parte dos alimentos ultraprocessados, como refrigerantes, achocolatados, biscoitos, iogurtes e sucos de caixinha. Ele pode ser encontrado nos rótulos com as seguintes nomenclaturas: açúcar invertido, açúcar turbinado, dextrose, dextrina, frutose, glicose, glucose, maltose, maltodextrina, oligossacarídeos, sacarose, xarope glucose-frutose, xarope de milho, entre outros.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), no máximo 10% das calorias diárias devem ser provenientes do consumo de açúcar. Logo, considerando uma dieta de 2 mil calorias, esse percentual equivale a 50 gramas do ingrediente por dia (cerca de 10 colheres de chá).
Considerado um grande vilão na vida dos humanos, o açúcar precisa ser reduzido para que as pessoas conquistem dietas mais balanceadas. Apesar de não trazer tantos malefícios se ingerido vez ou outra, o consumo de doses elevadas de alimentos adoçados pode prejudicar seriamente o organismo de cada um.
A substância é uma das responsáveis pelo desenvolvimento de doenças crônicas, como diabetes e obesidade.
Afinal, o que acontece com o corpo quando paramos de comer açúcar?
Segundo um artigo publicado no BMJ Journals, um dos efeitos esperados é a eliminação das “calorias vazias”, o que faz com que o indivíduo troque os “alimentos doces” por outros itens ricos em nutrientes, o que ajuda a controlar o peso corporal.Play Video
No entanto, cortar o ingrediente de vez da alimentação pode acabar privando o organismo de sua fonte primária de energia, dependendo do que for eliminado. Isso acontece porque os açúcares naturais dos carboidratos ajudam o indivíduo a completar suas atividades diárias e a pensar com clareza, também. Sintomas como irritação, nervosismo e até dor de cabeça podem surgir desde então.
Na verdade, é quase impossível eliminar completamente todo o açúcar da dieta, visto que os carboidratos são açúcares.
A OMS recomenda uma ingestão de carboidratos entre 55 a 75% das calorias diárias, o que representa 275 a 375 g/dia de carboidratos para um homem adulto de 70 kg. Já o Instituto de Medicina, criador das DRIs (Dietary Reference Intakes), sugere a faixa de 45 a 65% do VET (225 a 325 g/dia).
Grande parte das dietas detox de açúcar se concentram nos açúcares adicionados, e não em todos os carboidratos. Ou seja, a pessoa, na verdade, não está cortando açúcares quando faz uma desintoxicação. Ela ainda está recebendo o alimento, mas de uma forma diferente.
Veja cinco efeitos que podem ocorrer no organismo ao tirar o açúcar da alimentação:
1 – Ajuda no controle de peso
A alta ingestão do ingrediente causa ganho de peso, pois tem muitas calorias e não traz nutrientes à dieta, o que aumenta o risco de obesidade.
2 – Reduz o risco de doenças cardíacas
Uma pesquisa publicada no Journal of the American Heart Association descobriu que as bebidas adoçadas podem diminuir o colesterol HDL (bom) e aumentar os triglicerídeos, que são as principais gorduras do corpo. Essas duas condições são fatores de risco significativos para doenças cardíacas.
3 – Controla e previne o diabetes
Indivíduos com pré-diabetes ou diabetes não precisam evitar totalmente o açúcar. Em vez disso, a American Diabetes Association (ADA) recomenda a limitação do alimento para ajudar a controlar a glicemia.
Lembrando que açúcar elevado no sangue pode aumentar o risco de danos nos rins, nos nervos e nos olhos, se não for controlado.
4 – Mais nutrientes para o corpo
A substituição de alimentos industrializados e adoçados artificialmente por alternativas mais naturais e saudáveis é muito mais benéfica. Trocar uma barrinha energética por uma fruta vermelha, por exemplo, fornecerá antioxidantes, fibras, minerais e vitaminas ao corpo.
O equilíbrio entre frutas, laticínios, proteínas magras, vegetais e grãos integrais é ideal para dar ao organismo os nutrientes necessários e protegê-lo de doenças e infecções.
5 – Menos chances de ter cárie nos dentes
Ingerir açúcar alimenta as bactérias na boca que causam cáries ou danos aos esmaltes, que protegem os dentes. Consequentemente, a cárie dentária eleva o risco, também, de doenças gengivais.
Escovar os dentes e usar fio dental regularmente, bem como limitar comidas e bebidas adoçadas, são os cuidados básicos de higiene e saúde.
