Por CAMILLA MUNIZ
Cada vez mais modernos, os sistemas de ar-condicionado dos automóveis novos geram consumo de combustível quase imperceptível. Embora a maioria dos motoristas já esteja consciente disso, alguns ainda são influenciados por mitos e, por isso, temem gastos excessivos devido ao uso do aparelho. Mas não é preciso ter receio: com alguns cuidados básicos, é possível garantir a climatização da cabine sem impactos no bolso, afirma o especialista técnico da Firjan Senai Pablo Villaça.
O ar-condicionado automotivo funciona graças a um compressor movimentado pelo motor do carro. Devido a essa atividade extra, o motor acaba necessitando de mais energia, ainda que seja uma quantidade irrisória. O que pode provocar diferença no gasto de combustível é o hábito de ligar e desligar o aparelho continuamente, com a intenção de poupar. Nesse caso, o tiro sai pela culatra.
— Isso pode até aumentar o consumo. Quando o sistema para, há perda de rendimento, o que significa que o trabalho recomeça do zero quando o ar-condicionado é religado. Até o ambiente ficar climatizado de novo, o motorista gasta mais combustível — explica Pablo Villaça: — Hoje, os compressores são variáveis, ou seja, operam sempre no menor fluxo possível. Por isso, é mais econômico manter o ar-condicionado funcionando do que ficar ligando e desligando toda hora.
Na estrada, por exemplo, onde o carro pode atingir uma velocidade mais alta, é mais vantajoso financeiramente para o motorista andar com o ar-condicionado ligado — e os vidros fechados, claro — do que com as janelas abertas. Segundo o especialista técnico da Firjan Senai, isso se deve ao arrasto aerodinâmico. Sem o isolamento da cabine, o ar que entra nela oferece resistência ao movimento do veículo, o que aumenta o consumo de combustível.