Mohammad bin Salman, que comprou o clube inglês por R$ 2,2 bilhões, planejou cidade de 170 km em linha reta que só vai usar energia sustentável
O Newcastle United, da Inglaterra, é o mais novo clube do futebol a ser comprado por um bilionário árabe. No caso, nada menos do que o príncipe da Arábia Saudita, Mohammad bin Salman. Primeiro filho na linha sucessória da coroa saudita, Salman tem um projeto pronto para sair do papel, além do futebol: construir uma cidade sem estradas, e onde será proibido ter carros.
A família de Mohammad bin Salman é considerada uma das mais poderosas do Oriente Médio, e a construção dessa cidade na Arábia Saudita, chamada de “The Line”, fará parte de um projeto chamado “Neom”, que terá investimentos de US$ 500 bilhões, ou R$ 2,5 trilhões.
De acordo com a imprensa britânica, o grupo de investimentos pagou 300 milhões de libras, cerca de R$ 2,2 bilhões, para comprar o clube. O PSG, por exemplo, foi comprado em 2011 por 50 milhões de euros — e arcou com dívidas que o clube já tinha —, enquanto o Manchester City foi comprado por 200 milhões de libras em 2008.
No caso do PSG, a compra foi feita por um grupo do Qatar liderado por Nasser Al-Khelaïfi. Já o City foi adquirido por um grupo dos Emirados Árabes Unidos liderado por Bin Zayed Al Nahyan.
Como será a cidade sem carros?
Voltando ao projeto trilionário do novo dono do Newcastle. Em comunicado à imprensa, o príncipe saudita disse que o “The Line” será um cinturão de comunidades hiperconectadas, sem carros e estradas, construído em torno da natureza. Salman confirma que a cidade terá 170 km de extensão, em linha reta, um milhão de habitantes e vai gerar 380.000 empregos até 2030.
“A espinha dorsal do “The Line” terá investimento de US$ 500 bilhões para a Neom, vindos do governo saudita, do PIF (Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita) e de investidores locais e globais ao longo de 10 anos”, disse o príncipe a repórteres da Al-Ula, meio de comunicação saudita.
Cdade será em uma linha reta e, segundo o príncipe, será necessário 20 minutos para cruzar de ponta a ponta
As comunidades serão alimentadas por vários tipos de energia renovável das indústrias que estarão na cidade. “A infraestrutura e os serviços de transporte e logística serão perfeitamente integrados em espaços dedicados que funcionam numa camada subterrânea, invisível para os habitantes, ou por cima da cidade com vista. E tudo será movido por energia renovável. Por isso, não existirá estradas e carros serão proibidos”, ressalta o príncipe.
Ainda de acordo com Salman, isso vai fazer com que a cidade seja projetada para ser conveniente e fácil de caminhar, sendo assim, o local será pensado para as pessoas e não para os carros. “Todos os serviços essenciais estarão acessíveis em uma caminhada de até cinco minutos para qualquer pessoa descartando totalmente a necessidade de um carro. E, de ponta a ponta da cidade os transportes vão demorar no máximo 20 minutos”, finaliza.
O projeto tem previsão de começar até o final deste ano e a previsão é de que até 2030 tudo esteja finalizado — Foto: Divulgação
Coleção de carro do príncipe
Diversos meios de comunicação europeus dizem que a família real saudita, incluindo Mohammad bin Salman e seus doze irmãos, possuem diversos carros de luxo dourados, principalmente Ferrari, Lamborghini, Rolls-Royce e Bugatti. Porém, por serem da realeza, não há muitos registros oficiais.
Em aparições públicas, Salman sempre está com carros da Mercedes-Benz.
Se o príncipe vai fazer o Newcastle virar uma nova potência do futebol mundial, só o tempo dirá. Porém, o projeto da cidade proibida para carros deve começar a sair do papel em breve. O início das obras está previsto para esse ano, com previsão de que, até 2030, absolutamente tudo vai estar funcionando. AUTO ESPORTE.