O país acumula cerca de 12 milhões de casos de Covid e aproximadamente 295 mil mortes pela doença, sendo 1.259 nas 24 horas fechadas na noite de domingo (21)
O país acumula cerca de 12 milhões de casos de Covid e aproximadamente 295 mil mortes pela doença, sendo 1.259 nas 24 horas fechadas na noite de domingo (21). É o segundo país com mais mortes, em números absolutos, atrás dos EUA.
“Estamos dando certo, apesar de um problema gravíssimo que enfrentamos desde o ano passado”, disse Bolsonaro em uma cerimônia com políticos e empresários amontoados no Palácio do Planalto.
Diferentemente do que era rotina na sede do Executivo, dessa vez todos usavam máscaras. Dos seis oradores do evento, metade retirou a proteção para falar na tribuna, inclusive Bolsonaro.
“O Brasil vem dando exemplo. Somos um dos poucos países que está na vanguarda na busca de soluções”, afirmou o presidente em seu discurso.
Com sua popularidade em queda, Bolsonaro vem tentando dar sinais de que mudou em algumas frentes. Suspendeu seu discurso antivacina e tem aparecido de máscara em alguns momentos. No domingo, ao falar com pessoas que se aglomeravam em frente ao Palácio da Alvorada para celebrar o aniversário do presidente, ele chegou de máscara, mas a removeu para discursar.
No fim de semana, a pressão sobre Bolsonaro aumentou diante das notícias de que hospitais e associações médicas alertaram o governo para a queda no estoque de analgésicos, sedativos e bloqueadores musculares usados para a intubação de pacientes em UTIs, que pode durar apenas mais 15 dias no Brasil.
No domingo (21), a Folha mostrou que diplomatas brasileiros em embaixadas e consulados no exterior receberam mensagem do Itamaraty pedindo para que tentem obter fornecimento, “com máxima urgência”, de uma série de medicamentos do kit intubação.
Nesta segunda, o governo informou que vai reunir representantes da indústria para pedir ajuda durante o pior momento da pandemia de Covid-19 no Brasil.
Bolsonaro tem sido cobrado em diversas frentes ações efetivas para o combate da pandemia. Mais de 500 economistas, banqueiros e empresários do país assinaram e divulgaram no domingo uma carta aberta em que pedem medidas mais eficazes para o combate à pandemia do novo coronavírus. Em um texto com vários dados, o grupo chama a atenção para o atual momento crítico da pandemia e de seus riscos para o país, e também detalha medidas que podem contribuir para aliviar o que consideram um grave cenário.
Na quarta-feira (24), Bolsonaro pretende reunir-se com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), como um primeiro passo para a criação de um comitê de enfrentamento à Covid-19, reunindo representantes do Executivo, Legislativo e Judiciário.