Nasa tem plano de usar artefato nuclear para defender a Terra de asteroide

Agência vigia 1.800 objetos que poderiam entrar em rota de colisão com a Terra.
Paulo Fernandes, com informações da Super Interessante

Em entrevista à revista Super Interessante, o chefe do Planetary Defense Office, da Nasa, Lindley Johnson disse que três soluções possíveis para evitar a colisão de um asteroide à Terra – o que inclui o uso de um artefato nuclear.

De acordo com a publicação, ele tem “o emprego mais importante do mundo”. Cabe a ele, a missão dele é vigiar os asteroides mais próximos da Terra e, se algum entrar em rota de colisão, decidir o que fazer.

Ele afirmou que hoje não há, aparentemente, nada em órbita que possa atingir a Terra. No entanto, a Nasa só consegue enxergar 30% dos asteroides.

Segundo a entrevista, há um subgrupo de asteroides considerado potencialmente perigoso, os que passam a 8 milhões de quilômetros da Terra, cerca de 20 vezes a distância da Terra à Lua. Há 1.800 deles no espaço.

Para evitar o choque, o segredo, conforme Lindley Johnson, é encontrar os asteroides a tempo, ou seja, anos ou décadas antes do choque.

As três soluções
De acordo com a entrevista, a primeira solução é lançar uma nave contra o asteroide, caso ele seja pequeno. “Uma mudança de menos de 1% na velocidade total do corpo é suficiente para evitar que ele atinja a Terra”.

A segunda técnica é aproximar uma nave do asteroide por um longo período. Gradualmente, graças à gravidade, ela irá tirá-lo de sua trajetória de impacto. “Isso demora anos para dar certo, mas é um método super controlado de desviá-lo de sua órbita e colocá-lo em outra, mais segura”.

Já a terceira técnica é um artefato nuclear. No entanto, ao contrário do que mostra o filme Armagedom, não seria preciso perfurá-lo como um poço de petróleo e plantar os artefatos nucleares em seu interior. Ao acioná-lo ao lado do asteroide, ele dá propulsão ao objeto e o tira da rota. Essa seria a última alternativa.

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